Um levantamento recente do Ministério da Saúde aponta que 36% da população adulta no Paraná enfrenta algum grau de obesidade. A análise, conduzida em 2023 e baseada no Índice de Massa Corporal (IMC) de mais de 1,6 milhão de residentes do estado, ressalta a gravidade do cenário. O Dia Mundial da Obesidade, celebrado nesta segunda-feira, dia 4 de março, visa conscientizar sobre o problema e promover políticas eficazes de combate.
A data, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), busca reduzir o estigma social associado à obesidade e impulsionar ações concretas de prevenção e tratamento. Para Cilene Gomes Ribeiro, presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), é essencial uma abordagem ampla que inclua regulação na oferta de alimentos nas escolas, controle da publicidade de alimentos ultraprocessados e educação nutricional.
Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) revelam que a incidência de obesidade atinge cerca de 38% das mulheres e 30% dos homens no estado. Essa preocupante realidade demanda medidas urgentes para reverter o quadro.
A OMS destaca a obesidade como um dos mais graves problemas de saúde global. A doença não apenas aumenta o risco de outras condições, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, mas também afeta cada vez mais crianças e adolescentes. Em 2022, o SISVAN avaliou mais de 600 mil crianças e 300 mil adolescentes no Paraná, revelando altos índices de excesso de peso nessas faixas etárias.
A obesidade, definida pela OMS como um IMC igual ou superior a 30 kg/m2, requer uma abordagem multifacetada que considere fatores genéticos, comportamentais e ambientais. A promoção de hábitos alimentares saudáveis desde a infância é fundamental para reverter essa tendência preocupante e garantir um futuro mais saudável para as gerações futuras.
