O Informe Semanal da Dengue, divulgado nesta terça-feira (5) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), destaca um aumento significativo de casos em relação ao período epidemiológico atual: foram registrados 15.361 novos casos, o maior número até o momento. Além disso, o informe reporta 14 novos óbitos pela doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Desde o início do período sazonal 2023/2024, em julho do ano passado, já foram confirmados 73.928 casos e 37 óbitos.
Dos 334 municípios paranaenses que forneceram informações entomológicas à Sesa, 37 estão em situação de risco de epidemia, 198 estão em alerta e 96 apresentam situação satisfatória.
Apesar dos números alarmantes, o Paraná ainda não alcançou o pico de casos de dengue. Essa avaliação é compartilhada pelo corpo técnico da SESA, que compareceu à Assembleia Legislativa do Paraná para apresentar o Relatório Detalhado do Quadrimestre anterior (RDQA) referente ao 3º quadrimestre de 2023.
César Neves, diretor-geral da SESA, prevê que o estado ainda vai atingir o ápice da epidemia. “A epidemia de dengue está causando grande impacto, com um número significativo de pessoas doentes, afetando suas atividades diárias e, infelizmente, resultando em perdas de vidas”, afirmou.
As 14 mortes reportadas neste informe ocorreram em pessoas com idades entre 31 e 92 anos, sendo que cinco delas não apresentavam comorbidades.
Além dos casos de dengue, o boletim também confirmou 11 novos casos de chikungunya, totalizando 79 confirmações da doença. Destes, 51 foram contraídos no próprio município de residência. Atualmente, há 262 casos em investigação e 719 notificações.
Desde o início deste período, não foram confirmados casos de zika vírus, porém, foram registradas 75 notificações.
