Valor do dólar alcança R$ 5,05, atingindo o ponto mais alto em quase seis meses

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Em um dia de volatilidade nos mercados internacionais, o dólar registrou mais uma sessão de alta, alcançando o maior valor em quase seis meses. A bolsa de valores teve uma queda após duas sessões de ganhos consecutivos, também influenciada pelos acontecimentos no mercado externo.

O dólar comercial fechou esta segunda-feira (1º) sendo vendido a R$ 5,059, com uma valorização de R$ 0,044 (+0,87%). A cotação permaneceu em alta ao longo de todo o dia, atingindo seu pico por volta das 16h, chegando a R$ 5,07.

Essa é a maior cotação da moeda norte-americana desde 13 de outubro do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, o dólar já havia acumulado um aumento de 3,34%, ultrapassando a marca de R$ 5 na última quinta-feira (28).

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela tensão. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia em 126.990 pontos, registrando uma queda de 0,87%. As ações dos bancos lideraram o declínio.

O dólar apresentou alta globalmente após a divulgação de que a atividade industrial nos Estados Unidos ultrapassou os 50 pontos pela primeira vez desde setembro de 2022. O limite de 50 pontos separa a expansão da contração.

O fortalecimento da economia norte-americana pressiona o dólar devido à redução das chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) diminuir as taxas de juros da maior economia do mundo três vezes neste ano. A expectativa de que o Fed reduza as taxas apenas duas vezes em 2024 aumentou, o que sugere a manutenção de taxas elevadas por mais tempo.

Taxas de juros altas em economias desenvolvidas incentivam a saída de recursos de países emergentes, como o Brasil. No caso dos Estados Unidos, as taxas mais altas aumentam a rentabilidade dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo. O aumento do interesse por esses títulos atrai capitais de todo o mundo, exercendo pressão sobre o dólar e as bolsas de valores.

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