A partir da próxima segunda-feira (1º), o pinhão estará disponível para os paranaenses, seguindo orientação do Instituto Água e Terra (IAT).
A colheita, armazenamento e comercialização da semente, um símbolo emblemático do Paraná, são permitidos desde que tenham atingido o período completo de maturação. A multa para o descumprimento é de R$ 300 a cada 50 quilos apreendidos, além das penalidades por crime ambiental. A safra estende-se até junho.
As normas para comercialização estão estabelecidas na Portaria IAP nº 046/2015, com o objetivo de conciliar a geração de renda e proteger a reprodução da araucária, ameaçada de extinção. Quando o pinhão cai ao chão, animais como a cutia auxiliam na disseminação da semente, garantindo a reprodução da árvore.
A engenheira florestal do escritório regional do IAT em Guarapuava, Lauren Soares Silva, destaca a importância de respeitar o período de maturação do pinhão para preservar a araucária. Ela alerta que pinhões imaturos podem apresentar riscos à saúde devido ao alto teor de umidade e presença de fungos.
A fiscalização é realizada pelo IAT e pelo Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde (BPAmb-FV), com multas aplicadas em caso de irregularidades. A população pode denunciar pelo telefone ou diretamente aos órgãos competentes.
Economicamente relevante, o pinhão movimentou R$ 20,8 milhões em 2022, de acordo com o Valor Bruto de Produção (VBP) do Departamento de Economia Rural (Deral). A produção alcançou 4,1 mil toneladas no mesmo ano, concentrada principalmente na região Centro-Sul do Estado.
