Na última quinta-feira (31), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu a Operação Velocidade Máxima. Durante dezenove dias, a iniciativa focou no combate ao excesso de velocidade e na prevenção de acidentes em rodovias federais, abrangendo as regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil. A fiscalização foi intensificada em pontos críticos, conhecidos por apresentarem altas taxas de acidentes graves, através do uso de radares portáteis.
A operação registrou 107.819 veículos circulando acima do limite de velocidade permitido, uma ação que contribuiu para a diminuição de 9,77% no número de acidentes graves, comparado ao mesmo período do ano anterior. Apesar dos esforços, houve um aumento no número de fatalidades em relação a 2022.
Análise de áreas de risco
Os locais monitorados durante a operação fazem parte de um mapeamento da PRF que identifica 203 pontos críticos nas rodovias federais, áreas que acumulam um alto número de acidentes graves. Esses pontos correspondem a 3,95% da malha viária federal, mas foram palco de 30% dos acidentes mais graves registrados de janeiro a maio deste ano. A PRF utiliza esses dados para desenvolver estratégias eficazes de redução de incidentes.
Estratégia para diminuir mortalidade no trânsito
Em resposta ao alto índice de mortalidade no trânsito registrado em 2018, o Brasil implementou o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), visando reduzir pela metade a taxa de mortalidade no trânsito nos próximos 10 anos. Este plano, alinhado com as diretrizes da Organização das Nações Unidas, visa preservar 86 mil vidas até 2028, estabelecendo uma meta de 26 óbitos por milhão de veículos. A revisão das metas, realizada em 2021, contou com a participação de órgãos de trânsito, especialistas e representantes da sociedade civil.
Foto: Divulgação / PRF
Texto adaptado de: Folha de Irati.