Um estudo sobre os Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento no Paraná, divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Trata Brasil, destaca os impactos positivos dos investimentos em saneamento no Estado durante o período de 2005 a 2022. Em 2022, 96,1% da população paranaense tinha acesso a água tratada e 76,3% era atendida com esgotamento sanitário, demonstrando indicadores satisfatórios em comparação nacional.
Durante esse período, a extensão da rede de distribuição de água cresceu de 40 mil para 72,9 mil quilômetros, enquanto a rede de coleta de esgoto aumentou de 19 mil para 42,2 mil quilômetros. Isso resultou no acesso de 2,3 milhões de pessoas ao abastecimento de água tratada e de 4,6 milhões ao serviço de coleta de esgoto em suas residências.
O estudo, que se baseou em dados de diversas fontes, incluindo o Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, e pesquisas do IBGE e do SUS, ressalta que os investimentos em saneamento geraram impactos econômicos positivos, como a criação de empregos na construção civil e a expansão da renda. Entre 2005 e 2022, foram investidos aproximadamente R$ 22,1 bilhões em obras de manutenção e expansão de redes de água e esgoto no Paraná, sustentando cerca de 9.329 empregos diretos por ano, além de 4.530 empregos indiretos.
Além dos aspectos econômicos, o saneamento também contribui para a melhoria das condições de saúde e educação da população. Em 2019, por exemplo, houve uma redução significativa no número de internações hospitalares por doenças de veiculação hídrica, e crianças e jovens com acesso ao saneamento apresentaram menor índice de atraso escolar.
O estudo projeta que, de 2023 a 2040, os investimentos em saneamento no Paraná devem totalizar R$ 31,2 bilhões, gerando renda e benefícios adicionais, como o aumento do turismo e a valorização imobiliária. No âmbito nacional, no entanto, ainda há desafios significativos, com milhões de brasileiros sem acesso à água e ao esgotamento sanitário.
