Colheita atípica de soja em janeiro levou a aumento de 282% nas exportações do Paraná

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A rápida colheita de soja em janeiro deste ano, fora de época, impulsionou um aumento significativo no volume de produtos do complexo soja exportados pelo Paraná, estabelecendo um recorde histórico para o mês. No primeiro mês deste ano, saíram do Estado 1,2 milhão de toneladas de produtos desse complexo, um aumento de 282% em relação a janeiro de 2023. Os dados são da Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que monitora o comércio exterior de produtos agropecuários.

No entanto, em termos de valores, o aumento não foi tão expressivo, devido à queda dos preços no mercado internacional: foram obtidos US$ 215,7 milhões em janeiro do ano passado e US$ 542,2 milhões neste ano (151,3%).

Dentro do complexo, a soja em grão lidera os volumes, com 853,5 mil toneladas, contra 84,8 mil toneladas em 2023. Com uma média de US$ 505 por tonelada neste ano, o volume financeiro alcançou US$ 542,2 milhões. Em janeiro do ano passado, o valor médio por tonelada foi de US$ 595, com um faturamento total de US$ 215,7 milhões.

O farelo de soja ficou em segundo lugar neste ano, com 365 mil toneladas vendidas e arrecadação de US$ 183 milhões (US$ 501 por tonelada). Em janeiro de 2023, foram 191 mil toneladas a um custo de US$ 100,8 milhões (US$ 528 por tonelada). Também foram vendidas 29,3 mil toneladas de óleo de soja por US$ 28,8 milhões (US$ 980 por tonelada), contra 50,7 mil toneladas em 2023, com um faturamento de US$ 64,2 milhões (US$ 1.266 por tonelada).

“Esse grande volume de exportação do complexo se deve principalmente à colheita antecipada deste ano”, explicou Edmar Gervásio, analista de soja do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Em janeiro deste ano, 12% dos 5,7 milhões de hectares já estavam colhidos, enquanto em 2023 a colheita começou em fevereiro.

Foto: Geraldo Bubniak / AEN

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