Atividade econômica registra aumento de 2,45% em 2023

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Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC), a atividade econômica brasileira registrou um aumento em 2023. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve uma elevação de 2,45% no ano, indicando uma variação menor em relação a 2022, quando o crescimento foi de 2,77%.

No último trimestre do ano anterior, o IBC-Br registrou um incremento de 0,22%, representando uma recuperação parcial em comparação com o trimestre anterior (julho a setembro), que teve uma queda de 0,64%, conforme dados ajustados para o período. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve um aumento de 1,8% (sem ajuste para o período, devido à comparação entre meses equivalentes).

Em dezembro, o índice do IBC-Br mostrou um aumento de 0,82%, alcançando 147,63 pontos. Comparativamente ao mesmo mês de 2022, houve um crescimento de 1,36% (também sem ajuste para o período).

O IBC-Br é uma ferramenta para avaliar a evolução da atividade econômica do país e auxilia o BC nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 11,25% ao ano. O índice engloba informações sobre o nível de atividade dos setores da economia – indústria, comércio, serviços e agropecuária – e o volume de impostos.

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. A elevação da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária do BC visa controlar a demanda aquecida, o que impacta nos preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança, contribuindo para a redução da inflação. No entanto, taxas mais elevadas podem dificultar a expansão da economia.

Por outro lado, quando o Copom reduz a Selic, espera-se que o crédito se torne mais acessível, incentivando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e estimular a atividade econômica.

Os cortes sucessivos na taxa de juros, em um ciclo que deve continuar com reduções de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, refletem a avaliação do Copom sobre a necessidade de manter uma política monetária contracionista para controlar a inflação. O órgão indicou que a interrupção desses cortes dependerá do cenário econômico a longo prazo.

Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom elevou a Selic em 12 vezes consecutivas, como parte de um ciclo de aperto monetário iniciado devido ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes consecutivas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986, em resposta à contração econômica causada pela pandemia de covid-19, com o objetivo de estimular a produção e o consumo. A taxa permaneceu no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

O Produto Interno Bruto (PIB), divulgado mensalmente, emprega uma metodologia diferente da utilizada para medir o IBC-Br e é o indicador oficial da economia brasileira. No terceiro trimestre de 2023, a economia brasileira cresceu 0,1% em relação ao trimestre anterior, superando as projeções. De janeiro a setembro, a alta acumulada foi de 3,2%. Os dados do quarto trimestre de 2023 serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.

Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.

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