Quais são as tendências para o futuro do comércio varejista no Brasil? Para responder a essa questão, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) realiza nesta quinta-feira (7) o webinário O Futuro do Varejo – Tecnologias e Estratégias da NRF 2025. Voltado para empresários do setor, o evento busca sinalizar os cuidados e preparativos necessários para o segmento, tanto a curto quanto a médio e longo prazos.
A integração entre lojas físicas e digitais e os serviços de entregas rápidas foram destacados pela entidade como pontos de atenção fundamentais para os varejistas que desejam crescer ou manter-se ativos no mercado. A avaliação foi feita por Kelly Carvalho, assessora técnica da Fecomércio-SP, que analisou discussões levantadas durante um evento realizado em janeiro nos Estados Unidos pela National Retail Federation (NRF).
“A digitalização deve ser priorizada, com investimentos em e-commerce, marketplaces e integração entre canais físicos e digitais. O varejo de bens essenciais tende a se beneficiar do aumento da renda e do emprego, enquanto segmentos dependentes de crédito devem focar em promoções e condições facilitadas de pagamento”, avaliou Kelly. Para ela, “o futuro do comércio online e do varejo tradicional será marcado pelo equilíbrio cada vez mais dinâmico, onde a integração dos dois formatos se tornará essencial para o sucesso das empresas”.
A adoção do modelo omnichannel, que integra os meios físico e digital, será indispensável, afirmou a assessora. Ela acrescentou que as lojas físicas deixarão de ser apenas espaços de venda, tornando-se centros de experiência, distribuição e suporte. “Os consumidores poderão experimentar produtos antes de comprar online, retirar pedidos feitos pela internet e contar com um atendimento mais personalizado. O conceito ‘phigital’, que mescla o ambiente digital com o físico, será cada vez mais explorado com tecnologias como provadores virtuais, realidade aumentada e pagamentos sem contato”, completou.
Entre os setores do varejo com boas perspectivas para o futuro, destacam-se o de beleza e bem-estar, impulsionado pelo envelhecimento da população e pelo crescimento de farmácias, suplementos e cosméticos. Outro exemplo é o setor de casa e construção, com a demanda crescente por reformas, automação residencial e soluções sustentáveis, como energia solar. Por outro lado, redes de shopping centers sem presença digital robusta correm o risco de perder espaço no mercado.
Segundo Kelly, “o segmento de eletrodomésticos e eletrônicos, dependente de crédito, enfrenta desafios devido às taxas de juros elevadas, que levam os consumidores a adiarem compras de alto valor. O fast fashion sofre crescente concorrência de gigantes asiáticos como Shein e Temu, enquanto cresce a demanda por moda sustentável”.
O evento da Fecomércio-SP será realizado de forma totalmente online nesta quinta-feira (7) a partir das 15h. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio da plataforma Sympla.