Níveis de água diminuem e estradas são reabertas, porém previsão meteorológica ainda causa preocupação

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As intensas chuvas dos últimos dias geram preocupações entre a população, particularmente aqueles em áreas de risco de alagamento e usuários de rodovias na região. Vários trechos de rodovias federais, estaduais e áreas rurais enfrentaram bloqueios. Em busca de orientação e um panorama abrangente, contatamos o Corpo de Bombeiros.

Até a terça-feira (31), vinte e nove municípios na região tiveram decretos de situação de emergência homologados pelo Estado, devido às chuvas e outros eventos climáticos que ocorreram em outubro. Adicionalmente, quinze municípios se encontram em Estado de Calamidade Pública: Mallet, Prudentópolis, Rebouças, Rio Azul, São Mateus do Sul, Clevelândia, General Carneiro, Palmeira, Paulo Frontin, Pitanga, Porto Amazonas, Rio Negro, Roncador, São João do Triunfo e União da Vitória.

Segundo o Major do Corpo de Bombeiros, Jorge Ramos, uma situação similar foi registrada pela última vez em meados de 1982/83, conforme relatos populares. “A última enchente significativa aconteceu em 2014. Naquela ocasião, tivemos uma semana de chuvas, mas agora as chuvas persistem, com previsão de retorno no início de novembro”, afirmou Ramos.

A Capitã Carla Spak emitiu um alerta para os moradores, solicitando que não saiam de suas residências. Ela destacou que as equipes de socorro estão realizando atendimentos de emergência e enfatizou a importância de evitar riscos pessoais, como tentar atravessar áreas alagadas com veículos ou a pé. Ela frisou que, neste momento, a prioridade é a segurança e a preservação de vidas.

Com o aumento das chuvas, temos observado pequenas enxurradas, com água fluindo em maior volume em direção a cursos d’água e rios maiores. “Estamos em alerta da Defesa Civil devido à instabilidade atmosférica durante praticamente todo o mês. As chuvas têm sido intensas e causaram inundações em muitos pontos dos municípios da região, incluindo Irati, Prudentópolis, Guamiranga, Imbituva, Rebouças, Fernandes e Teixeira”, explicou o Major Jorge.

A prevenção é crucial em situações como esta. Não podemos controlar o clima, mas podemos tomar medidas para minimizar os riscos. Jorge Ramos aconselhou que as pessoas que residem em áreas de alagamento elevem seus pertences, especialmente eletrônicos de valor econômico e sensíveis, e movam seus veículos para locais mais altos. Ele observou que as chuvas continuarão, e embora o nível seja incerto, os danos podem ser significativos.

Ramos destacou que Rebouças é uma das cidades mais afetadas na região da Amcespar devido à sua localização em uma área mais baixa em relação ao restante da região. A água que flui para baixo da serra em torno de Irati direciona-se para Rebouças e flui em direção ao Rio Iguaçu. Portanto, medidas preventivas são essenciais para mitigar os impactos.

“Temos locais com um metro da água, tanto na área urbana quanto na rural, o que é preocupante. Quando a água se sobrepõe as estradas e rodovias o indicado é não passar em cursos de água alagados, as pessoas não enxergam o que tem pela frente, se cobre o carro de água é possível dar pane mecânica e a possibilidade de ser levado pela correnteza em um ponto mais profundo é alta, o risco de morte é muito grande”, finalizou Ramos.

Texto adaptado de: Folha de Irati

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