A intenção de consumo das famílias no Paraná registrou uma queda de 2,5% no mês de junho. Os principais fatores que influenciaram essa redução foram a falta de perspectiva profissional e as incertezas quanto ao consumo.
O índice é mensalmente calculado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em colaboração com a Fecomércio-PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná). Em maio, o índice estava em 95,7 pontos.
Segundo análise da federação, desde fevereiro de 2024, a intenção de consumo das famílias vem apresentando quedas consecutivas. Na comparação anual, a queda foi de 8,4%.
Apesar do saldo positivo de mais de 10 mil postos com carteira assinada em abril no Paraná, conforme dados do Caged, os moradores não preveem um aumento salarial nos próximos meses. O subindicador relacionado a essa expectativa teve uma queda de 8,6% em relação a maio e 16,1% na comparação anual.
A perspectiva de consumo para junho está 9% abaixo do registrado em maio, com uma variação anual negativa de 5,8%. Também houve reduções na comparação mensal nos itens emprego atual (-2,5%), acesso ao crédito (-0,7%) e momento para duráveis (-0,3%).
Apenas os indicadores de renda atual (0,4%) e nível de consumo atual (0,8%) apresentaram crescimento de maio para junho.
Ao segmentar por faixa de renda, observa-se que a intenção de compras das famílias de menor renda é proporcionalmente inferior, marcando 90,7 pontos neste mês, com uma queda mensal de 2,5%. O índice abaixo de 100 pontos reflete a insatisfação entre esses consumidores.
Com um índice de 105,7, houve uma redução de 2,7% em junho. Independentemente da renda, os fatores de preocupação são consistentes: falta de perspectiva profissional e incertezas em relação ao consumo, acrescidas de insegurança quanto ao emprego atual para os que possuem maiores rendimentos.
Texto adaptado de: A Folha do Sudoeste.