Defesa Civil oferece treinamento a 176 municípios com novos prefeitos para reforçar emergências

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O início de novas gestões municipais traz também alterações na estrutura da Defesa Civil local. Com isso, equipes da Coordenadora Estadual de Defesa Civil (Cedec) estão visitando 176 cidades com novos prefeitos para orientar os servidores sobre a importância de suas atuações em situações de emergência. Os técnicos estaduais explicam o uso do sistema estadual para registro de ocorrências, decretos, pedidos de auxílio e a atualização do plano de contingência, que detalha as ações em casos emergenciais.

Até agora, o estado repassou R$ 8 milhões aos municípios em situação de emergência em 2024. No calendário de visitas, destacam-se cidades do Litoral, bem como das regiões de Porto Rico, Quedas do Iguaçu, Nova Prata do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon e Foz do Iguaçu. As orientações devem ser concluídas até 14 de março. Na última semana, técnicos estiveram em Santa Cruz de Monte Castelo, Querência do Norte, Nova Londrina, Itaúna do Sul, Diamante do Norte, Loanda, Terra Rica, Ivaiporã e Paranavaí, na região Noroeste.

“Destacamos 41 funcionários do nosso quadro para percorrer o Estado durante esse período. É essencial as prefeituras organizarem a Defesa Civil com a mesma velocidade que as principais secretarias. Emergências não têm hora para acontecer”, afirmou o coordenador executivo da Cedec, tenente-coronel Ivan Ricardo Fernandes.

As visitas, segundo o capitão Julian Waldrigues, chefe do 2º Núcleo de Atuação Regional, visam a reestruturação da Defesa Civil e incentivam a organização eficiente das prefeituras. Ele explicou que, na região Norte onde esteve com sua equipe, foram relatadas situações, principalmente ligadas às cheias do rio Ivaí. Waldrigues também mencionou que no último ano o governo estadual enviou veículos a várias prefeituras, o que tem auxiliado no atendimento a emergências.

Em Nova Londrina, com cerca de 12 mil habitantes, a atual gestão manteve a equipe da Defesa Civil e prepara um decreto de nomeação. Segundo o agente Paulo Roberto Benedito, chuvas de granizo e vendavais são as principais adversidades enfrentadas no município. Ele explicou que a prefeitura planeja ampliar o Posto da Brigada Comunitária e construir um depósito para aumentar o estoque de lonas e telhas. “Quando tem um vendaval ou granizo que afeta umas 300 casas, não conseguimos atender. Essas visitas da CEDEC mostram a força que a Defesa Civil precisa ter”, disse Benedito. Ele também destacou a dependência de outros municípios para conhecimentos sobre o sistema de registro de ocorrências.

No Litoral, grande parte do efetivo da Defesa Civil Estadual está mobilizada para apoiar os sete municípios da região. Uma base móvel foi instalada em Pontal do Paraná para monitorar o tempo, especialmente em áreas com maior concentração de pessoas. Devido ao histórico de desastres no verão, todas as cidades litorâneas receberam visitas da Cedec.

Em Paranaguá, chuvas de 100 mm alagaram quatro bairros nos primeiros dias de gestão do prefeito Adriano Ramos. “Já havia uma estrutura da Defesa Civil pronta, independente da gestão. O que nós pretendemos fazer é ampliar. Faremos um treinamento para aumentar a nossa Defesa Civil com mais pessoas, inclusive voluntários, para que quando ocorrer situações como essa o pessoal possa atender melhor a população”, explicou o prefeito, que ressaltou a colaboração da Defesa Civil Estadual no suporte ao município.

Já em Pontal do Paraná, o prefeito Rudão Gimenes relatou a formação de uma nova equipe para enfrentar as frequentes cheias do rio Peri. Ele enfatizou a importância de alinhar ações entre prefeituras e Estado para maior eficiência. “Essas visitas são importantes para estarmos integrados com o Estado e alinhar com a minha equipe que vai assumir agora. Essas iniciativas ajustam necessidades dos sete municípios, porque o que acontece num local muitas vezes impacta em outro”, afirmou o prefeito. Gimenes ainda destacou a necessidade de que todos saibam suas funções e estejam preparados para agir rapidamente em emergências, mesmo fora do horário de expediente.

Além disso, Antonina e Morretes enfrentaram vendavais no início do ano e também receberam a visita da Defesa Civil para orientações. No mesmo período, o governo estadual enviou ajuda humanitária às cidades afetadas, a pedido das prefeituras.

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