A movimentação nos aeroportos do país está em alta, especialmente na capital paranaense. O Aeroporto Internacional Afonso Pena teve a segunda maior variação de demanda entre 2021 e 2022, com um crescimento de 56%. Desde sua retomada em 2021, o aeroporto ocupa o 12º lugar no ranking dos 20 aeroportos mais movimentados do país.
O crescimento do Aeroporto Afonso Pena em 2022, considerando os 20 aeroportos com maior movimentação, ficou atrás apenas do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que teve um aumento de 88% em relação ao ano anterior. Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e levam em conta o total de passageiros de voos regulares e não regulares, com origem e destino.
Com essa expansão, a movimentação de passageiros está próxima dos níveis pré-pandemia, de acordo com a CCR Aeroportos, que assumiu a operação do Aeroporto Afonso Pena e de outros três terminais paranaenses em 2022. O número de destinos atendidos pela capital ultrapassou o número oferecido em 2019, graças aos incentivos oferecidos pelo Governo do Estado para fortalecer a aviação civil no Paraná.
Em 2022, o Aeroporto Afonso Pena atendeu a 29 destinos regulares, sete a mais do que em 2019. Entre os novos destinos estão duas rotas internacionais inéditas para Santiago e Buenos Aires, além de voos regionais para diversas cidades do estado.
Incentivo
O incentivo oferecido às companhias aéreas, por meio da Invest Paraná, agência de promoção de investimentos do estado, resulta em benefícios para o Paraná, como o aumento do desenvolvimento econômico e a melhoria no atendimento à população. “Nosso foco é no número de acentos de destinos que chegam ou partem do Paraná, além do aumento de aeroportos e aeródromos atendidos pelas companhias, para que atendam mais municípios do Estado”, diz.
“O desenvolvimento econômico passa pelo reforço dos centros logísticos. Os empresários que investem no Paraná têm interesse em contar com uma logística ágil, para atender seus funcionários e fornecedores”, salienta Bekin. “Além disso, esses voos contribuem com o turismo, ampliando o número de turistas que vêm ao Paraná”.
Para usufruir dos benefícios, as companhias aéreas devem cumprir requisitos como operar um número mínimo de voos nos aeroportos do Paraná, não reduzir o quadro de funcionários no estado e consumir uma quantidade mínima de querosene de aviação em operações de abastecimento de aeronaves no estado. Também é exigido um recolhimento mínimo de ICMS aos cofres estaduais.
“As medidas estimulam o aumento no número de voos e a ampliação das rotas disponíveis, impulsionando o turismo, o comércio e os negócios em geral”, destacou o secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia Júnior. “Além disso, a manutenção de empregos e o aumento do consumo de querosene de aviação contribuem para movimentar a economia local, gerando receita e fortalecendo os aeroportos paranaenses como importantes centros de transporte e logística”.
De acordo com a gerente Executiva de Negócios Aéreos da CCR Aeroportos, Graziella Delicato, o Paraná possui a maior representatividade entre os 16 aeroportos administrados pelo grupo. Os quatro terminais que passaram para a concessão da empresa – Aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Bacacheri – respondem por 90% da oferta de assentos aéreos no estado.
A expectativa é de ampliar a oferta de rotas aéreas, aumentar a operação de voos de carga nacionais e internacionais e implantar novos armazéns logísticos nos aeroportos sob concessão. A redução da alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação, promovida pelo Governo do Estado, foi um fator decisivo para impulsionar a recuperação da oferta de voos e rotas nos aeroportos do Paraná, tornando o estado mais competitivo e atrativo para as companhias aéreas.
Movimento em 2023
Os números de movimentação de passageiros continuam animadores para os próximos meses. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), entre julho e setembro de 2023, mais de 5.990 voos devem partir do Paraná, com base nos dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Foto: José Fernando Ogura / Arquivo AEN.