A primeira remessa de aproximadamente 750 mil doses da vacina contra a dengue, fornecida pela farmacêutica Takeda ao SUS, chegou ao Brasil no sábado. Essa quantidade faz parte de um total de 1,32 milhão de doses, sendo a segunda remessa com 570 mil doses prevista para fevereiro. O Ministério da Saúde adquiriu o total disponível para 2024, que é de 5,2 milhões de doses, e espera recebê-las ao longo do ano até novembro.
O Brasil, no final de 2023, tornou-se o primeiro país a incorporar a vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga, no sistema público de saúde. No entanto, devido à capacidade restrita de fornecimento de doses pela Takeda, apenas cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas em 2024. O imunizante requer duas doses, com um intervalo mínimo de três meses.
O processo de liberação alfandegária e aprovação pela Anvisa precederá o envio da remessa para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O Ministério da Saúde busca prioridade nessas etapas, com a conclusão do desembaraço prevista para a próxima semana.
O Ministério da Saúde, em conjunto com Conass e Conasems, definiu critérios para a distribuição das doses, seguindo recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da OMS. A lista dos municípios contemplados e a estratégia de vacinação serão divulgadas nos próximos dias, com a expectativa de iniciar as aplicações em fevereiro. As vacinas terão como público-alvo crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária com maior incidência de hospitalizações por dengue.
Quanto à situação em Curitiba, a cidade registrou 28 casos de dengue nos primeiros 15 dias de 2024, incluindo três casos autóctones, originários da cidade. A Secretaria Municipal da Saúde alerta para a necessidade de colaboração para evitar novos casos. O monitoramento epidemiológico destaca a evolução preocupante da doença em alguns pacientes, ressaltando a importância da busca por atendimento aos primeiros sintomas.
O diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira, reforça a atenção aos sintomas, especialmente em grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas. O alerta é para que, ao primeiro sinal da dengue, as pessoas busquem atendimento de saúde, podendo ligar para a Central Saúde Já, no 3350-9000, para obter orientações adequadas.
