Despesas com campanhas eleitorais no Paraná superam R$ 118 milhões, aponta TSE

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As Eleições Municipais de 2024 já geraram um impacto econômico significativo no Paraná. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as despesas pagas pelas campanhas para os cargos de prefeito e vereador no estado já somam R$ 118,53 milhões. Apenas em Curitiba, o montante investido até agora na corrida eleitoral chega a quase R$ 19 milhões. A maior parte desses gastos, que deve aumentar nas próximas semanas, é financiada com recursos públicos.

Segundo os registros da seção de Prestação de Contas das Estatísticas Eleitorais do TSE, o valor exato das despesas pagas no Paraná alcançou R$ 118.528.534,13 até o início da última quinta-feira (19 de setembro). Desse total, R$ 96,89 milhões (81,75%) foram cobertos com recursos públicos, enquanto R$ 21,64 milhões (18,25%) foram pagos com recursos privados.

As campanhas para o cargo de prefeito lideram os gastos, com R$ 56,28 milhões já investidos. Já as campanhas para vereador somam R$ 19,99 milhões em despesas. Além disso, outros R$ 42,26 milhões em gastos registrados não especificam se foram destinados a candidaturas para prefeito ou vereador.

Em Curitiba, capital do estado, as campanhas eleitorais já movimentaram R$ 18.973.047,66 em despesas pagas, sendo que R$ 15,95 milhões (84,1%) vieram de recursos públicos e R$ 3,02 milhões (15,9%) de recursos privados.

Assim como ocorre no estado como um todo, a disputa pela Prefeitura de Curitiba é a que mais consumiu recursos até o momento, totalizando R$ 13,45 milhões. As campanhas para vereador, por sua vez, registraram R$ 4,7 milhões em gastos. Há ainda R$ 816,83 mil em despesas pagas que não foram especificadas conforme o cargo em disputa.

Despesas com candidatos a prefeito em Curitiba variam de zero a R$ 4 milhões

Os dados do DivulgaCand revelam que quatro dos dez candidatos à Prefeitura de Curitiba já declararam despesas milionárias. Ney Leprevost (União) lidera os gastos, com R$ 4,05 milhões investidos, seguido por Eduardo Pimentel (PSD), com R$ 3,17 milhões; Luciano Ducci (PSB), com R$ 2,72 milhões; e Maria Victoria (PP), com R$ 2,18 milhões.

Por outro lado, o candidato Felipe Bombardelli (PCO) ainda não declarou nenhum gasto. Cristina Graeml (PMB) investiu apenas R$ 197 em sua campanha. Samuel de Mattos (PSTU) registra R$ 30,7 mil em despesas, Professora Andrea Caldas (PSOL) R$ 38,7 mil, e Roberto Requião (Mobiliza) R$ 80 mil.

Gastos eleitorais devem aumentar nas próximas semanas

Com pouco mais de duas semanas para o primeiro turno das eleições, espera-se que os gastos com as campanhas cresçam significativamente. No Paraná, as despesas pagas somam R$ 118,53 milhões, enquanto os valores contratados pelos prestadores de contas já alcançam R$ 185,5 milhões. As receitas recebidas pelos candidatos no estado totalizam R$ 353,97 milhões.

Em Curitiba, a tendência é semelhante. As despesas pagas até agora chegam a R$ 18,97 milhões, mas os valores contratados já somam R$ 31,66 milhões. As receitas obtidas pelos candidatos da capital atingem R$ 56,91 milhões, sendo que R$ 45,94 milhões (80,71%) vieram de recursos públicos.

Principais tipos de despesas e fornecedores

No Paraná, o principal tipo de despesa declarado até o momento é a doação financeira a outros candidatos ou partidos, totalizando R$ 40,1 milhões. Outros gastos significativos incluem publicidade com materiais impressos (R$ 17,75 milhões), produção de programas de rádio, TV ou vídeo (R$ 11,42 milhões), serviços prestados por terceiros (R$ 8,17 milhões) e serviços advocatícios (R$ 7,05 milhões).

Entre os principais fornecedores contratados, destacam-se o Facebook Serviços Online do Brasil (R$ 2,63 milhões), a Dlocal Brasil Instituição de Pagamento (R$ 1,18 milhão) e a Arte Lux Produções Cinematográficas (R$ 1,13 milhão).

Em Curitiba, o maior gasto até o momento foi com a produção de programas de rádio, TV ou vídeo, somando R$ 5,66 milhões. Na sequência, aparecem os serviços prestados por terceiros (R$ 2,8 milhões) e a publicidade com materiais impressos (R$ 1,89 milhão).

Texto adaptado do Jornal União Metropolitana.

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