Tragédia no RS suscita preocupações sobre produção de arroz; impacto no mercado em análise

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As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril acendem um alerta para os impactos na agricultura. Com mais de 30 mortos e 60 desaparecidos até o momento, o Estado, responsável por mais de 70% da produção brasileira de arroz, pode ter a colheita do cereal afetada pelas inundações. Pesquisa do Cepea, da Esalq/USP, indica que a colheita, já atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

A tempestade da última segunda-feira (29/4) deixou lavouras debaixo d’água, inviabilizando atividades e interditando estradas, dificultando o carregamento do cereal. Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) mostram que até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no Estado.

Estima-se que na safra 2023/24 foram plantados 920 mil hectares no Rio Grande do Sul, podendo levar a uma produção de até 7,8 milhões de toneladas. No entanto, o desempenho da safra ainda não pode ser definido, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), devido ao atraso no plantio causado pelo excesso de chuvas.

Apesar das adversidades, o presidente do Sindarroz-RS assegura que não faltará arroz no país, garantindo um abastecimento razoável para 2024. Os preços do arroz em casca encerraram a primeira quinzena de abril com alta de 1,7%, refletindo o ritmo lento de colheita e a expectativa de valorização a médio e longo prazos.

Para o consumidor, o custo do arroz subiu 28,39% em 12 meses até março de 2024, influenciado por questões climáticas que impactaram na produção de alimentos. O governo federal demonstra preocupação com a situação, esperando uma queda de cerca de 20% no valor do arroz.

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