A colheita da segunda safra de milho 2023/24 avançou para 42% da área estimada em 2,42 milhões de hectares, conforme o boletim do Departamento de Economia Rural (Deral) divulgado na última quinta-feira (27).
A produção estimada foi revisada para baixo, passando de 13,2 milhões para 12,9 milhões de toneladas devido às condições climáticas desfavoráveis, segundo o analista Edmar Gervásio do Deral. Essa redução representa 1,8 milhão de toneladas a menos em comparação com a projeção inicial.
A colheita está concentrada principalmente nas regiões Oeste, Centro-Oeste e Noroeste do Paraná, que já alcançaram cerca de 70%. No Norte do Estado, que possui a maior área plantada, a colheita ainda não atingiu 10%. Apesar das variações regionais, o percentual geral de 42% colhido representa um recorde histórico para o estado.
Quanto ao trigo, semeado em 94% dos 1,15 milhão de hectares, as chuvas recentes facilitaram o plantio nas regiões Sul, enquanto nas regiões mais ao Norte, a escassez de chuvas tem sido um desafio. A expectativa é de uma produção de 3,8 milhões de toneladas, um aumento de 5% em relação ao ciclo anterior.
Na olericultura, culturas como batata, tomate e cebola enfrentaram desafios climáticos, resultando em perdas significativas para algumas culturas. A colheita da batata, por exemplo, atingiu 82% dos 10,5 mil hectares plantados, com previsão de 302 mil toneladas, 10% a menos que a safra anterior.
O tomate da primeira safra já está praticamente colhido, enquanto a segunda safra avança com 77% da colheita concluída. Para a cebola, que está sendo plantada, a expectativa é de uma colheita promissora, influenciada pelos preços favoráveis do ano passado.
As projeções refletem o monitoramento contínuo das condições agrícolas e as expectativas dos produtores para o restante da temporada.
Texto adaptado de: Folha do Norte do Paraná