O Laboratório Central (Lacen) do Rio Grande do Sul está analisando mais de 800 amostras de casos suspeitos de leptospirose. A Secretaria de Saúde do estado informou que está acompanhando o aumento desses casos suspeitos, que estão associados às enchentes recentes e à maior exposição da população à doença.
Segundo a secretaria, o Lacen está realizando dois tipos de testes para o diagnóstico da leptospirose: o teste de biologia molecular, conhecido como RT-PCR, e o teste diagnóstico sorológico.
O RT-PCR detecta a bactéria presente no organismo do paciente e é indicado para amostras coletadas nos primeiros dias de sintomas, enquanto o teste sorológico detecta anticorpos produzidos em resposta à infecção. Ambos os exames estão disponíveis para pacientes suspeitos expostos às enchentes.
Até a última quinta-feira (23), o Rio Grande do Sul havia registrado 1.072 notificações de leptospirose, com 54 casos confirmados e quatro mortes confirmadas pela doença, além de outros quatro óbitos em investigação.
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela urina de animais infectados, principalmente ratos. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, fraqueza e dores no corpo, podendo variar de um a 30 dias para aparecerem. O tratamento com antibióticos é recomendado, especialmente nos primeiros dias dos sintomas.