O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviado ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (15), estabelece que o salário mínimo para o próximo ano será de R$ 1.502, representando um aumento nominal de 6,39%.
Esse reajuste segue a projeção de 3,25% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos 12 meses encerrados em novembro, somado ao crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. O valor do mínimo foi confirmado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à GloboNews, e posteriormente ratificado pelo Ministério do Planejamento.
O PLDO também prevê que o salário mínimo alcance R$ 1.582 em 2026, R$ 1.676 em 2027 e R$ 1.772 em 2028. No entanto, essas projeções são preliminares e sujeitas a revisões nos próximos anos.
Cada aumento de R$ 1 no salário mínimo gera um impacto de aproximadamente R$ 370 milhões no Orçamento, considerando os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros. Na Previdência Social, por exemplo, esse aumento implica em um acréscimo de R$ 66,7 bilhões nas despesas e um ganho de R$ 63,1 bilhões na arrecadação.
O valor definitivo do salário mínimo para o próximo ano ainda pode sofrer alterações, dependendo do comportamento efetivo do INPC em 2024 e da nova política de reajuste. Conforme a legislação, o presidente da República deve publicar uma medida provisória até o último dia do ano fixando o valor do salário mínimo para o ano seguinte.
Atualmente, em 2024, o salário mínimo está em R$ 1.412, registrando um ganho real de 3% em relação a 2023. Este valor é resultado da soma do INPC acumulado nos 12 meses até novembro de 2023, que foi de 3,85%, com o crescimento de 3% do PIB em 2022.