O Brasil lidera em número de casos prováveis de dengue em 2024, com quase 6,3 milhões de ocorrências, mais de 3 milhões confirmadas em laboratório. Argentina, Paraguai e Peru seguem com números menores, respectivamente com 420 mil, 257 mil e quase 200 mil casos prováveis, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS destaca um aumento significativo nos casos de dengue nos últimos cinco anos, especialmente nas Américas, onde o número de casos superou 7 milhões no final de abril, ultrapassando os 4,6 milhões registrados em todo o ano de 2023. Todos os quatro sorotipos da dengue foram detectados nas Américas este ano, com casos de circulação simultânea em seis países da região.
A organização enfatiza a importância da vacinação contra a dengue como parte de uma estratégia integrada de combate à doença, recomendando o uso da TAK-003 em locais com alta transmissão. A vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda e utilizada no Brasil, é administrada na rede pública de saúde em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
Além da dengue, a sobreposição de casos de chikungunya e zika, também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, pode resultar em diagnósticos equivocados, segundo a OMS. A organização ressalta a importância de sistemas de vigilância eficazes para monitorar simultaneamente os três vírus, visando uma gestão mais precisa dos recursos de saúde pública e intervenções mais eficazes.
