A Itaipu Binacional realizou em Francisco Beltrão, na quinta-feira (29), a última de uma série de seis reuniões regionais destinadas à apresentação do projeto Expansão das Unidades de Valorização de Resíduos Sólidos, conhecido como Coleta Mais. O evento contou com a participação de catadores e técnicos, além de representantes de 11 municípios, incluindo Barracão, Capanema, Coronel Vivida, e Palmas.
O projeto Coleta Mais faz parte do programa Itaipu Mais que Energia e é fruto de uma parceria entre a Itaipu Binacional, o Itaipu Parquetec e o Consórcio Intermunicipal de Saneamento Ambiental do Paraná (Cispar), com um investimento de R$ 118 milhões. A iniciativa busca aprimorar a gestão de resíduos sólidos em 50 municípios do Paraná.
Dilair Alves Rodrigues, catadora de Francisco Beltrão, expressou seu otimismo com o projeto: “Nossa, foi uma coisa que saiu do papel mesmo e que veio agregar muita coisa boa. Eu espero que esse projeto venha para melhorar as condições de vida do catador, daquele que fica lá na mesa, selecionando o material”.
As reuniões regionais, que aconteceram em diversas cidades do Paraná, incluindo Rio Branco do Sul (23/08) e Maringá (2/08), reuniram ao todo 596 catadores e 179 técnicos e gestores municipais. Esses encontros tiveram como objetivo compartilhar a metodologia de gestão de resíduos sólidos já bem-sucedida em outras localidades, visando sua aplicação nos novos municípios participantes.
Leilane Soares Pereira de Sousa, pedagoga da Divisão de Ação Ambiental da Itaipu, destacou a participação ativa dos catadores nas oficinas: “Em todas as cidades, os catadores participaram das oficinas de forma ativa, interagindo em todas as atividades. Eles puderam expressar suas ideias e expectativas por meio da metodologia Oficina do Futuro, utilizando os painéis Pedras no Caminho e a Árvore da Esperança”.
As próximas etapas do projeto incluem a sistematização das informações obtidas durante as oficinas, a entrega de equipamentos para os municípios e a assistência técnica, que será prestada ao longo dos próximos três anos. Essa assistência inclui a elaboração de planos operacionais para as Unidades de Valorização de Resíduos, monitoramento de indicadores e investimentos em infraestrutura e equipamentos, como prensas, esteiras, balanças digitais e caminhões para coleta.
Wilson Zonin, superintendente de Ação Ambiental da Itaipu, avaliou positivamente as oficinas, destacando que elas permitiram um entendimento mais profundo das necessidades dos catadores, tornando o programa mais participativo. “Vai auxiliar muito nas ações de segurança hídrica e saneamento e contribuir de forma global para o programa Itaipu Mais que Energia”, concluiu.
Fotos: Rosselani Giordani / Divulgação.