A arrecadação da União com impostos e outras receitas apresentou leve alta em janeiro, atingindo R$ 280,63 bilhões, conforme divulgado nesta quinta-feira (22) pela Receita Federal. Esse montante representa um aumento real de 6,67% em relação a janeiro de 2023, corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sendo o maior valor registrado para o mês desde 1995, início da série histórica.
Segundo a Receita, as receitas administradas pelo órgão totalizaram R$ 262,87 bilhões no último mês, indicando um acréscimo real de 7,07%. Esses resultados foram influenciados por mudanças na legislação e por pagamentos atípicos de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), especialmente por empresas financeiras, além das desonerações tributárias sobre combustíveis.
A arrecadação do IRPJ e da CSLL, que somou R$ 91,7 bilhões em janeiro, registrou um aumento real de 1,24% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado se deveu, principalmente, ao aumento na arrecadação da declaração de ajuste e do lucro presumido, combinado com a diminuição na arrecadação da estimativa mensal.
Outros setores que contribuíram para o aumento na arrecadação foram as atividades auxiliares ao setor financeiro, seguros e previdência complementar, comércio atacadista e fabricação de veículos automotores.
Além disso, a Receita informou sobre o recolhimento extra de R$ 4,1 bilhões do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Rendimentos de Capital, referente à tributação de fundos exclusivos, devido à legislação sancionada em dezembro do ano anterior. Esse aumento na arrecadação do IRRF – Rendimento de Capital, que totalizou R$ 14.104 milhões, representou um acréscimo real de 24,41% em relação a janeiro de 2023.
Apesar das desonerações tributárias, como a redução de alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis, a arrecadação total de PIS/Pasep e Cofins registrou um crescimento real de 14,37% em janeiro, alcançando R$ 44 bilhões. A Receita Previdenciária também teve aumento real de 7,58%, chegando a R$ 53,9 bilhões, impulsionada pelo crescimento da massa salarial e das compensações tributárias.
Os indicadores macroeconômicos, como a venda de serviços e a produção industrial, apresentaram quedas em dezembro, porém, houve aumento no valor em dólar das importações e na massa salarial, o que contribuiu para o desempenho da arrecadação no mês.
