A companhia aérea Gol anunciou nesta segunda-feira (29) que encerrou o ano de 2023 com uma dívida aproximada de R$ 20,176 bilhões.
Importante ressaltar que esse resultado é preliminar e ainda não foi examinado por auditores externos, conforme comunicado divulgado pela empresa.
O patrimônio líquido negativo da Gol atingiu R$ 23,35 bilhões. A divulgação desses resultados preliminares não auditados impactou negativamente o valor das ações da empresa na Bolsa. Após alcançar uma queda de 12,5%, o prejuízo diminuiu para 11,3% por volta das 13h15.
É relevante destacar que toda empresa com capital aberto, ou seja, que possui ações negociadas em bolsa de valores, é legalmente obrigada a submeter suas contas a uma auditoria externa, que garante a veracidade das informações divulgadas.
A Gol tornou públicos os resultados financeiros preliminares e não auditados referentes ao quarto trimestre (outubro a dezembro) do ano passado, após informá-los ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos. Na última quinta-feira (25), a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial nesse tribunal.
O diretor-executivo da companhia, Celso Ferrer, ressaltou que, no terceiro trimestre, o endividamento com empréstimos e financiamentos era de R$ 20,227 bilhões, um valor ligeiramente superior ao anunciado hoje. Ferrer atribuiu a dívida principalmente à crise econômica gerada pela pandemia da covid-19 e a atrasos no recebimento de aeronaves.
Paralelamente ao processo no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, a Gol está em negociação com investidores para um financiamento de US$ 950 milhões, aproximadamente R$ 4,6 bilhões. A empresa enfatizou que o procedimento de reestruturação financeira, conhecido como chapter 11, não impactará os voos, clientes e funcionários da companhia.
Foto: Marcelo Camargo