Ratinho Junior apresenta avanços e metas estaduais a prefeitos no Paraná Mais Cidades em Foz do Iguaçu

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior conduziu, na última quinta-feira (13), a abertura do evento Paraná Mais Cidades, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Diante de lideranças dos 399 municípios paranaenses, o governador apresentou um panorama do Estado, destacando ações realizadas e diretrizes estratégicas para prefeitos e prefeitas que assumirão os mandatos em 2025. Entre as áreas abordadas estiveram logística, saúde, educação e investimentos em obras públicas.

Ratinho Junior iniciou seu discurso sublinhando os objetivos principais do encontro. “Queremos apresentar programas que o Estado tem para que vocês se organizem, planejem para começarem o mandato alinhados aos programas do Governo do Estado”, afirmou. Ele ainda definiu o evento como “uma prestação de contas de como está o Paraná”.

O governador destacou o fortalecimento econômico do Estado, ressaltando a consolidação do Paraná como quarta maior economia do Brasil, além de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,9% ao longo de cinco anos, superando a média nacional. O governador também informou que a expansão da atividade econômica paranaense foi de 7,5%, conforme medido pelo Banco Central. “Fechamos 2024 com R$ 713 bilhões, segundo o Ipardes, e em 2025 ficaremos perto de R$ 800 bilhões. O Paraná está dobrando o seu PIB em 8 anos, um marco para o Brasil, fruto de um esforço de todos, dos setores público e privado”, apontou Ratinho Junior, frisando que o crescimento tem criado empregos e renda para a população. A taxa de desocupação, atualmente a menor da década, está em 4%. “Estamos em pleno emprego”, sublinhou. “Isso cria um bom problema para nós, com as empresas precisando de mão de obra.”

Outro ponto de destaque foi a qualidade de vida no Estado e o cuidado com os paranaenses, do nascente à terceira idade. Projeções do IBGE indicam que, em 2030, haverá mais idosos do que crianças no Paraná, demandando maior atenção às políticas públicas voltadas para a terceira idade. “Nós temos que nos adaptar para cuidar da velhice dessas pessoas. Estamos chegando a média de 79 anos de vida, então antigamente tínhamos que pensar em mais áreas para crianças, o que hoje tem mudado para pensarmos em políticas para idosos”, explicou o governador. Na saúde, ele destacou a regionalização como eixo central de melhorias, citando a inauguração de hospitais regionais em Ivaiporã, Telêmaco Borba, Toledo e Guarapuava, além de 12 novas unidades em construção em diferentes cidades paranaenses, como também Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs).

No setor econômico, Ratinho Junior reuniu dados que corroboram o bom momento vivido pelo Paraná. Entre eles, a redução do prazo médio para abertura de empresas para oito horas e a implementação do decreto de Baixo Risco, que isentou mais de 700 atividades econômicas da exigência de alvarás. Dados do IBGE também indicaram um crescimento de 3,8% na indústria, 5% no turismo e 5,3% no setor de serviços nos últimos 12 meses. Desde 2019, o Estado atraiu R$ 300 bilhões em investimentos privados. No âmbito das exportações, o Paraná ampliou seus destinos de 153, em 2014, para 172 em 2024. “Somos o supermercado do mundo. Não queremos mais vender apenas a soja e o milho para os asiáticos transformarem isso em produto, mas sim tudo embalado, industrializado, gerando maior valor agregado”, pontuou o governador.

Sobre as finanças públicas, Ratinho Junior destacou que o Paraná alcançou a Capag A+ pela primeira vez, mantendo as contas equilibradas e um endividamento negativo. “Quem não cuida das finanças não consegue cuidar dos mais pobres, das pessoas humildes. Tivemos um trabalho rigoroso de continuar avançando, melhorando nossas contas para poder promover mudanças”, esclareceu. Ele ainda apontou que o Estado possui capacidade para quitar todas as suas contas dos próximos 20 anos e ainda investir. “Os investidores olham esse equilíbrio, e isso nos dá a liberdade de irmos a instituições bancárias nacionais e internacionais para emprestar qualquer volume de recursos, sem precisar da garantia da União”, explicou aos mais de quatro mil presentes no encontro.

O governador apresentou também avanços em empresas públicas como a Sanepar, que prevê investimentos de R$ 11,8 bilhões até 2029 para universalizar o saneamento. Hoje, 83% do esgoto no Paraná é recolhido e 100% tratado. Já com a Copel, que virou corporação em 2023, a previsão é de investir R$ 2,5 bilhões em 2024, entre eles para a construção de 20 novas subestações e a implementação do Paraná Trifásico, que instalará 25 mil quilômetros de redes trifásicas para maior segurança e estabilidade energética.

Ratinho Junior também lembrou que o Paraná se tornou referência nacional em diversas áreas. “Temos a melhor educação do Brasil segundo o Ideb, somos o estado mais sustentável do Brasil, exemplo de desenvolvimento sustentável pela OCDE e um dos mais inovadores do Brasil”, destacou. O modelo de concessões rodoviárias, que inclui 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais em contratos de 30 anos, soma R$ 60 bilhões em obras em sete anos. “A título de comparação, o orçamento do DNIT, órgão federal que cuida das rodovias de todo o Brasil, foi de R$ 7 bilhões em 2023”, analisou.

Entre os investimentos apresentados, estiveram o Moegão, maior obra portuária em andamento no Brasil, que reforçará a operação no Porto de Paranaguá; a Ponte de Guaratuba, já com 40% de execução; e a restauração em concreto da PRC-280, além de outras vias estaduais. Também foram citadas obras urbanísticas como a Orla de Matinhos, o Museu de Arte Internacional de Foz do Iguaçu, o Contorno Sul de Curitiba, o planetário do Parque da Ciência em Pinhais, e programas como o Asfalto Novo, Vida Nova, que prevê pavimentação completa de áreas urbanas em 239 cidades, com R$ 878 milhões já investidos. “É o maior programa de urbanização da América do Sul”, pontuou Ratinho Junior.

Ao final, o governador destacou que o planejamento é essencial para a execução de obras e investimentos. “Eu reforço aqui: façam projetos. Não adianta termos recursos sem que existam projetos para que eles possam ser aplicados”, concluiu, dirigindo-se às lideranças municipais.

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