Dólar mantém estabilidade apesar da inflação nos EUA; Bolsa cai 1,69% com queda do petróleo

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Apesar da preocupação com a inflação nos Estados Unidos, o dólar comercial encerrou a quarta-feira (12) estável, no menor nível desde novembro, enquanto a bolsa de valores registrou grande queda. O dólar foi vendido a R$ 5,763, com uma leve baixa de 0,06%. Durante o dia, a cotação chegou a atingir R$ 5,78 após a divulgação da inflação ao consumidor norte-americana, mas oscilou entre altas e baixas, tocando a mínima de R$ 5,74 por volta das 15h30. No acumulado de 2025, a moeda já apresenta queda de 6,75%.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, principal indicador da B3, encerrou aos 124.380 pontos, com recuo de 1,69%. A desvalorização foi impulsionada tanto pelos dados de inflação nos Estados Unidos, que abalaram também as bolsas norte-americanas, quanto pelo desempenho negativo de ações de petroleiras, devido à queda no preço do petróleo no mercado internacional.

O barril de Brent, referência internacional, fechou cotado a aproximadamente US$ 75, registrando uma queda de 2,36%. Este movimento foi influenciado pelo anúncio de conversas entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os chefes de Estado da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para negociar um possível acordo de paz no conflito do leste europeu.

Embora o mercado internacional estivesse sob pressão, o Brasil apresentou uma performance distinta no câmbio. O dado mais recente da inflação ao consumidor dos EUA revelou uma alta de 0,5% em janeiro, superior ao aumento de 0,4% registrado em dezembro, o que reduziu as expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) em setembro. Normalmente, juros elevados em economias desenvolvidas pressionam as moedas de mercados emergentes, mas o real conseguiu se beneficiar neste momento de uma correção relacionada às perdas acumuladas em novembro e dezembro, além do suporte de juros altos no Brasil.

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