Serviço aeromédico do Paraná atinge recorde em 2023 com mais de 4 mil atendimentos

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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou um levantamento que destaca o recorde de atendimentos realizados pelo serviço aeromédico do Paraná em 2023, totalizando 4.003 atendimentos, com uma média diária de 10,97 atendimentos. Esse número representa um aumento de 16% em relação ao recorde anterior registrado em 2022, com 3.452 atendimentos. Além disso, o resultado é 41% superior a 2019, 40% a 2020 e 31% a 2021.

Desde sua implementação há 16 anos, o serviço aeromédico já realizou 28 047 atendimentos, desempenhando um papel crucial no socorro a vítimas de acidentes, emergências clínicas e transporte de pacientes, incluindo recém-nascidos para UTIs, além do transporte de órgãos para transplante.

Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, o serviço aeromédico é considerado referência nacional, destacando-se pelo número de aeronaves, qualificação profissional e foco exclusivo em atendimentos de saúde, acionado por médicos reguladores em situações de gravidade.

Com seis helicópteros e um avião distribuídos em cinco bases estrategicamente localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, o serviço cobre 100% do estado. As aeronaves são tripuladas por pelo menos um piloto, um médico e um enfermeiro, atendendo às normativas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) nº 90.

O Secretário Estadual da Saúde, Beto Preto, destaca a importância do serviço aeromédico na missão de salvar vidas e menciona o comprometimento do Governo do Estado em investir na ampliação e aprimoramento do serviço.

As bases aeromédicas são fundamentais para cobrir uma área de até 250 quilômetros do ponto de origem, garantindo uma resposta rápida e eficiente. O serviço conta com equipes médicas e de enfermagem disponibilizadas pelos Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (Samus) Regionais.

O investimento anual no serviço aeromédico do Paraná, financiado pela Sesa, chega a até R$ 85,5 milhões, dependendo da utilização ao longo do período. Além disso, são repassados recursos para o Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e custeadas as equipes médicas do Samu, totalizando R$ 13,5 milhões em 2023. A Sesa também adquire, com recursos próprios, um medicamento trombolítico para tratamento de ataque cardíaco, representando um investimento de quase R$ 6 milhões do Tesouro do Estado desde 2020.

O serviço aeromédico do Paraná também inovou ao implementar transfusões de sangue em pacientes graves no local da ocorrência, antes mesmo de serem encaminhados ao hospital. Em parceria com a Helisul, foi criada uma sala de acondicionamento de bolsas de sangue tipo “O -”, universal, na base Maringá. Desde o início desse projeto em outubro de 2022, 24 pessoas em estado gravíssimo receberam transfusões no local do atendimento ou durante o voo até o serviço especializado mais próximo.

A história do serviço aeromédico do Paraná remonta a 2007, quando foi implantado inicialmente com um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ao longo dos anos, houve ampliações e melhorias, tornando-se uma referência nacional em atendimento aeromédico com aeronaves próprias, equipe médica em voo e cobertura integral do estado. O diretor de Gestão em Saúde da Sesa, Vinícius Filipak, destacou a evolução do serviço ao longo dos anos e sua contribuição significativa para salvar vidas no estado do Paraná.

Texto adaptado de: Jornal Noroeste

Foto: SESA-PR

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