Garantida por lei, a presença dos pais na UTI fortalece o vínculo e é importante para a recuperação dos bebês. Entre janeiro e agosto deste ano, 11,93% dos 81.496 nascidos vivos no Paraná são prematuros, de acordo com dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do Ministério da Saúde.
Um sentimento de aperto no peito, angústia e ansiedade são comuns entre os pais de bebês nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs) devido à prematuridade. Bebês nascidos antes de completar 37 semanas são considerados prematuros e necessitam de cuidados intensivos. Novembro, o Mês da Prematuridade, celebra o Novembro Roxo, movimento global de conscientização sobre nascimentos prematuros.
O Governo do Paraná, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), ressalta a importância da permanência dos pais nas UTINs, garantida por lei. Esta presença não só auxilia nos cuidados, mas também fortalece o vínculo vital para a recuperação do bebê. De todos os nascimentos registrados no período, 9.724 (11,93%) foram prematuros, incluindo 423 prematuros extremos, nascidos antes de 28 semanas.
Patrícia Anny Baptista viveu a experiência de ser “Mãe de UTI”. Ela passou 140 dias ao lado da filha, nascida em Curitiba com 29 semanas e 540 gramas. “O acompanhamento na UTI fez toda a diferença”, afirma Patrícia, relembrando momentos difíceis, mas essenciais para a recuperação da filha.
O Brasil ocupa a décima posição no ranking de partos prematuros no mundo, segundo a OMS. Além de um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a presença constante dos pais é crucial para o desenvolvimento da criança. “A prematuridade impacta diretamente a mortalidade infantil e é um problema de saúde pública”, ressalta Fernanda Crosewski, chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Sesa.
No dia 26 de novembro, a Sesa promoverá uma capacitação multiprofissional em saúde no Museu Oscar Niemeyer. O evento abordará cuidados como a alta qualificada, a comunicação com os pais, vacinação de prematuros e atualizações em reanimação neonatal.
