Casos suspeitos de leptospirose no RS requerem tratamento imediato

InícioSaúdeCasos suspeitos de leptospirose no RS requerem tratamento imediato

Casos suspeitos de leptospirose no Rio Grande do Sul devem iniciar o tratamento imediatamente, conforme orientação do Ministério da Saúde, devido ao aumento do risco provocado pelas enchentes no estado. A pasta recomenda uma “notificação mais sensível” de casos suspeitos na região, destacando que a ocorrência dessa doença está associada a condições precárias de infraestrutura sanitária e à alta infestação de roedores infectados.

Pacientes que apresentem febre e dores, especialmente na região lombar e na panturrilha, e que tiveram contato com água ou lama de enchentes até 30 dias antes do início dos sintomas devem receber tratamento com quimioprofilaxia. Essa medida visa captar mais casos na fase inicial da doença e difundir informações sobre os sinais e sintomas da leptospirose.

A recomendação também abrange a necessidade de estabelecer um diagnóstico diferencial para outras doenças, como respiratórias, diarreicas agudas, infecções do trato urinário, sepse e hepatite A. A pasta ressalta a importância de os agentes públicos estarem atentos, mesmo em municípios que não foram afetados pelas chuvas, devido à possibilidade de casos serem atendidos em áreas próximas.

Quanto ao tratamento preventivo, o uso da quimioprofilaxia não é recomendado como medida de prevenção em saúde pública, exceto em casos de exposição populacional em massa durante desastres climáticos com enchentes. No entanto, considera-se a possibilidade de utilização desse método para pessoas envolvidas nas operações de resgate, conforme decisão e fluxos definidos na gestão local, levando em conta a disponibilidade de medicamentos.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira. O período de incubação varia de um a 30 dias, e os sintomas geralmente surgem entre sete e 14 dias após a exposição. A doença apresenta alta incidência em áreas específicas e pode ter uma taxa de letalidade de até 40% nos casos mais graves, sendo favorecida por condições de infraestrutura precária e infestação de roedores, especialmente em situações de enchentes.

Compartilhe esta publicação

WhatsApp
Fale conosco pelo WhatsApp 👋