Programa Nacional de Imunização oferece vacinação segura para gestantes e bebês

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As doenças infecciosas podem causar problemas de saúde sérios em bebês quando afetam suas mães durante a gestação ou imediatamente após o parto, antes que os bebês possam ser vacinados. O Programa Nacional de Imunização (PNI) tem um calendário específico para gestantes, desempenhando um papel fundamental na proteção da saúde materna e infantil. Em 2023, o PNI completa 50 anos.

Vacinas como hepatite B e difteria e tétano (dT), que fazem parte do calendário de vacinação de adultos, precisam ser verificadas durante a gestação. Quando a mãe está imunizada contra essas doenças, ela passa anticorpos para o bebê, protegendo-o até que ele seja vacinado de acordo com seu próprio calendário.

Outra vacina importante é a difteria, tétano e coqueluche (dTpa), específica para gestantes. Ela é administrada em uma dose a partir da 20ª semana de gestação e deve ser repetida a cada gravidez.

Para gestantes que não foram vacinadas durante a gravidez, recomenda-se receber uma dose de dTpa até 45 dias após o parto, o mais rápido possível, de acordo com o calendário.

No entanto, vacinas que contêm vírus vivo atenuado, como febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou varicela, não são recomendadas durante a gestação. Manter a vacinação contra a rubéola atualizada antes da gravidez é importante, pois a síndrome da rubéola congênita representa um alto risco para os bebês, e as gestantes não podem ser vacinadas contra ela durante a gravidez.

A coordenadora da Assessoria Clínica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Lurdinha Maia, destaca a importância de seguir o calendário de vacinação durante a gestação para impedir a transmissão de doenças aos recém-nascidos.

“As gestantes têm que olhar o seu calendário de vacinação. Mesmo que elas tenham sido vacinadas na infância, há necessidade de cumprir um calendário. É a gestante que, vacinada contra o tétano e a rubéola, vai impedir que a criança, ao nascer, tenha a doença. Ela passa a imunidade para essa criança”, afirma. “Vacinação é desde a gestante até o idoso, e precisamos ter um calendário atualizado para que a gente possa realmente interromper o ciclo dessas doenças.”

Programa Nacional De Imunização Oferece Vacinação Segura Para Gestantes E Bebês
11/09/2023, Coordenadora da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Lurdinha Maia. Foto: Bernardo Portella/ Fiocruz

O pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), enfatiza que as vacinas são organizadas em calendários de acordo com os riscos que representam, e é essencial seguir as recomendações no momento certo, inclusive durante a gestação.

A imunização de gestantes contra a hepatite B e de recém-nascidos logo após o parto ajuda a prevenir a transmissão vertical da doença, protegendo tanto a mãe quanto o bebê. A infecção por hepatite B em recém-nascidos pode levar a problemas graves de saúde, incluindo câncer de fígado e transmissão da doença para outras pessoas da comunidade. Portanto, a vacinação imediata é necessária.

“A infecção por hepatite B ao nascer torna esse bebê com enorme chance de ter uma hepatite crônica, câncer de fígado e ser um transmissor dessa doença para outras pessoas da comunidade. Por isso a necessidade de vacinar logo ao nascer.”

Programa Nacional De Imunização Oferece Vacinação Segura Para Gestantes E Bebês
O pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Foto: Carla Carniel

Texto adaptado de: Agência Brasil.

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