As primeiras maçãs provenientes dos pomares de São Jerônimo da Serra, no Norte do Paraná, marcam o início da safra dessa fruta no Estado. A cultivar Eva, desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), é a protagonista desse início, conforme indicado pelo Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 10 a 16 de novembro. O documento é elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
A maçã Eva, destacada por sua baixa exigência em frio para quebra da dormência invernal e sua precocidade, inicia o ciclo de colheitas da fruta. Conforme o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista de Fruticultura no Deral, a variedade Gala seguirá, com extração entre janeiro e março, seguida pela Fuji, colhida do final de fevereiro até meados de maio.
No cenário nacional, a maçã é cultivada em 33,3 mil hectares, ocupando a 14ª posição em área, a 12ª em volume colhido, com 1,3 milhão de toneladas, e a 10ª em Valor Bruto de Produção (VBP), alcançando R$ 710,4 milhões em 2022. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná contribuem com 99% das colheitas nacionais, sendo que o Paraná produziu 26,5 mil toneladas em 984 hectares, gerando R$ 52,3 milhões de VBP em 2022. A produção estadual concentra-se na Região Metropolitana de Curitiba, Sudoeste do Estado e nos Campos Gerais.
Quanto ao plantio da safra de milho 2023/24, este está próximo da conclusão, alcançando 96% da área de 314 mil hectares, com 81% das lavouras em boas condições. A soja, por sua vez, atingiu 84% dos 5,8 milhões de hectares semeados, com 88% em condição boa.
No que se refere ao feijão, o plantio atingiu 90% da área de 111,4 mil hectares, com maior atraso na região de União da Vitória, onde apenas 25% dos 13 mil hectares foram plantados. As chuvas recentes prejudicaram a qualidade do trigo, com aproximadamente 70% da produção estimada de 3,8 milhões de toneladas já colhida até o início de outubro.
No setor de carnes, as exportações tiveram uma queda, influenciada principalmente pela redução no pagamento feito pela China, responsável por cerca de 60% das importações. No caso do frango, o custo de produção da ave viva em aviário tipo climatizado em pressão positiva, no Paraná, atingiu R$ 4,22 por quilo em setembro, sendo R$ 0,04 por quilo menor que em agosto e 23,31% menor que em setembro de 2022, registrando R$ 5,49 por quilo.
Foto: Paulo Milléo / Núcleo Regional da Seab em Cornélio Procópio
Texto adaptado de: Folha do Norte