A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), será reativada, conforme decisão da Diretoria Executiva da Petrobras em reunião realizada nesta quarta-feira (17). Os trabalhadores anteriormente demitidos terão prioridade na recontratação.
A planta estava inativa desde 2020, por determinação do governo Jair Bolsonaro (PL), após o fechamento, sindicatos representando petroleiros e químicos iniciaram mobilizações para a reativação. Nos últimos meses, deputados estaduais do Paraná também se envolveram nesse esforço, especialmente devido ao potencial de geração de empregos na região, que é estimado em milhares de postos, segundo o Sindiquímica-PR.
“A conquista da reabertura da Fafen-PR é resultado da persistência dos trabalhadores, com o apoio contínuo dos sindicatos e da nossa articulação política. Isso representa uma vitória para a classe trabalhadora e um avanço significativo para o desenvolvimento do Brasil e a soberania nacional no setor de fertilizantes”, ressaltou o deputado Professor Lemos (PT).
No início do ano, a deputada Ana Júlia (PT) se reuniu com representantes sindicais na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para levar as demandas dos trabalhadores demitidos ao Governo Federal.
A decisão de retomar as atividades em Araucária foi aprovada de forma unânime. A capacidade de produção da Fafen é de 720 mil toneladas/ano de ureia, 475 mil toneladas/ano de amônia e 450 mil m³/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32).
Segundo a Petrobras, a revisão das diretrizes estratégicas da empresa motivou a retomada das operações em Araucária, uma vez que a produção de fertilizantes foi reintegrada ao portfólio de produtos da empresa.
Além disso, foi aprovada a negociação com os ex-funcionários da fábrica, sendo que os termos de contratação serão acompanhados pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). No entanto, os acordos trabalhistas e os processos de licitação e contratação serão definidos em uma nova reunião da Diretoria Executiva.