Investimento em pesquisa e tecnologia é uma das soluções em pauta para impulsionar as indústrias de fécula no Paraná. O assunto foi amplamente debatido nesta semana durante uma reunião entre o Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) e representantes do setor privado, realizada em Nova Londrina, no Noroeste do Paraná.
Representantes de empresas das cidades de Loanda, Itaúna do Sul e Paranavaí (distrito de Graciosa), além de Nova Londrina, que abriga uma das principais fábricas de derivados de mandioca, estiveram presentes no encontro.
Paraná: Destaque na Produção de Fécula
O Paraná ocupa a segunda posição na produção de mandioca no país, ficando atrás apenas do Pará. No entanto, o estado é o principal produtor de fécula de mandioca no Brasil, sendo responsável por cerca de um terço do volume nacional. Esse alto potencial de industrialização valoriza o produto paranaense em outros estados.
Visando ampliar o potencial de produção e comercialização, gerando mais empregos e renda, foram discutidas ações de parceria. A mecanização da produção e o investimento em genética são recursos considerados importantes para o crescimento do setor.
Região de Paranavaí como Polo Industrial
A região de Paranavaí concentra o principal complexo industrial da mandioca. “O que falta para ampliarmos nossa presença no mundo é ampliar a capacidade de produção, e para isso é preciso reduzir os custos”, disse o proprietário da Lopes Alimentos, Paulo Montagner Lopes.
No ano passado, a indústria produziu 244,79 milhões de quilos de mandioca e comercializou 38,55 milhões de quilos de fécula, além de produtos como tapioca e polvilho.
Ações Conjuntas e Avanços
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou a importância das ações conjuntas. “Precisamos fazer essa aproximação. Investir em pesquisa junto ao setor privado, unidades didáticas e de referência, investir em genética, com foco em resultados, para fazer mais em menos tempo”, disse.
Parte das soluções para impulsionar a produção de mandioca está relacionada à utilização de pesquisas e extensão. Natalino Avance de Souza, presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná), ressaltou que a estrutura das estações de pesquisa está aberta para receber os produtores. “Dias de campo e palestras organizadas pelo Instituto são exemplos de ações que podem estimular a produtividade do setor”, afirmou.
Souza também destacou um termo de cooperação assinado entre o IDR-Paraná e a Secretaria de Estado da Educação, visando o desenvolvimento de projetos em colégios agrícolas, o que contribui para a qualificação da mão de obra destinada à indústria.
Expectativas de Produção
Para a safra 2022/2023, o Departamento de Economia Rural (Deral) estima uma produção de 3,29 milhões de toneladas de mandioca em uma área de 135,6 mil hectares. Essas expectativas superam a safra anterior, tanto em volume (12%) quanto em área (7%). Na safra passada, o Paraná colheu 2,95 milhões de toneladas em 126,4 mil hectares.
Presenças
Além dos representantes do setor privado e do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), estiveram presentes no encontro o prefeito de Nova Londrina, Otávio Henrique Grendene Bono, o chefe do Departamento de Florestas Plantadas da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Breno Menezes de Campos, e o chefe do Núcleo Regional da Seab em Paranavaí, José Jorge de Oliveira Neto.
Fonte: Agência Estadual de Notícias.
Foto: SEAB.
