Dados da Pnad Contínua, divulgados na última sexta-feira (22), revelam que o número de mulheres ocupadas no Paraná alcançou 2,617 milhões no 3º trimestre de 2024. Esse é o maior resultado da série histórica iniciada no 1º trimestre de 2012, quando o total era de 2,176 milhões. Em relação ao 2º trimestre deste ano, quando havia 2,575 milhões de mulheres paranaenses ocupadas, o crescimento foi de 42 mil. Já na comparação com o mesmo período de 2023, houve um aumento de 116 mil, demonstrando o aquecimento do mercado de trabalho no Estado.
A taxa de desocupação feminina também apresentou um recuo marcante, atingindo 4,8% no 3º trimestre deste ano. Para efeito de comparação, no 1º trimestre de 2019, 11,3% das mulheres paranaenses que buscavam emprego estavam desocupadas. Com isso, a taxa de desocupação das mulheres no Estado caiu para menos da metade nos últimos seis anos.
Além disso, os rendimentos médios das mulheres no Paraná tiveram aumento significativo. Segundo o IBGE, o rendimento atual é de R$ 2.958 por mês, o quinto maior do Brasil. Esse valor representa um aumento de 3,5% em relação ao período entre maio e junho de 2024 e 7,9% a mais do que o registrado no 3º trimestre de 2023.
Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, destacou os efeitos positivos desse cenário. “Os benefícios da expansão do mercado de trabalho paranaense são abrangentes, beneficiando homens e mulheres, além de todas as faixas etárias e níveis de instrução. É a política social com os resultados mais efetivos”, afirmou.
Leandre Dal Ponte, secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, ressaltou a importância desse avanço na economia. “As mulheres têm se tornado cada vez mais protagonistas, em especial em setores-chave da economia. A luta por um mercado de trabalho mais justo e igualitário precisa ser constante. A promoção da igualdade de gênero não pode se limitar à presença das mulheres, mas deve abranger as condições em que elas atuam, os salários que recebem e as oportunidades que têm para crescer e se desenvolver profissionalmente”, destacou.
Mauro Moraes, secretário estadual de Trabalho, Qualificação e Renda, também comentou os dados e as políticas adotadas no Estado. “Para garantir a inclusão de trabalhadoras em áreas que crescem junto com a economia paranaense, oferecemos projetos de qualificação. Com isso, é possível encaixá-las em vagas nos setores da indústria e construção civil, por exemplo”, explicou. Ele mencionou como exemplo uma parceria recente com o Senai para a implantação de um curso exclusivo para mulheres no setor da construção civil.