Bombeiros do Paraná orientam práticas seguras para trilhas e escaladas na natureza

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O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná oferece uma série de precauções para garantir que atividades ao ar livre, como trilhas e escaladas, sejam seguras. As principais orientações incluem um bom planejamento do roteiro, atenção às condições meteorológicas, uso de roupas e materiais adequados, e levar quantidade suficiente de alimento e água. A conscientização ambiental também é essencial.

Trilhas e escaladas tornaram-se uma prática popular entre paranaenses que buscam lazer e exercícios físicos na natureza. Contudo, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) alerta para a necessidade de preparação adequada dos aventureiros, a fim de evitar acidentes e transtornos. Recentemente, dois jovens ficaram mais de 40 horas perdidos na Serra do Mar, em Campina Grande do Sul, sendo resgatados pelos CBMPR.

“Um bom planejamento ajuda a minimizar os riscos. Por isso, é indicado que antes de tudo a pessoa pesquise bem o local escolhido para conhecer. Que busque informações sobre o trajeto, o tipo e as dificuldades daquele terreno. Se possível, vale a pena conversar com quem já tenha percorrido aquele mesmo caminho”, explicou a chefe de comunicação do CBMPR, capitã Luisiana Guimarães Cavalca.

Para iniciantes, recomenda-se buscar orientação com pessoas experientes ou sites especializados. Além disso, é crucial verificar as condições meteorológicas e estimar o tempo necessário para concluir o percurso. Em locais isolados ou com terrenos desafiadores, deve-se evitar caminhadas em dias de previsão de chuva forte para reduzir riscos de deslizamentos e enchentes.

Compreender a distância e a dificuldade do terreno é fundamental para calcular o tempo necessário, garantindo que a atividade termine antes do anoitecer. Quanto ao material a ser levado, a escolha de roupas e calçados adequados é crucial para conforto e segurança. Um chapéu ou boné é recomendável em áreas menos densas como proteção solar. Em dias quentes, uma peça de roupa para frio é prudente.

Itens essenciais na mochila incluem comida, barras de cereais, água, bateria extra para o celular, lanternas com pilhas extras, apito de emergência, repelente, protetor solar, e um kit de primeiros socorros. Baixar o mapa da região para uso offline em aplicativos é aconselhável. Para acampamentos, barracas e sacos de dormir são necessários.

Na execução da aventura, avise a pelo menos três pessoas sobre a rota e programação, para facilidade em buscas, caso necessário. “Sempre que passar por um local que tenha um livro de registro, coloque ali seu nome e o horário, confirmando que passou por aquele ponto. Isso ajuda muito caso seja necessário iniciar uma busca”, destacou a capitã Luisiana.

Siga sempre o caminho planejado, especialmente em terrenos elevados e escorregadios, e evite beirada de precipícios para prevenir quedas e desorientação. “Muita gente aproveita a beleza do cenário para fazer selfies, tirar fotos. O problema é que em alguns casos, essas pessoas acabam exagerando na empolgação, se colocando em perigo para conseguir registros mais radicais ou inusitados. A orientação é não se arriscar por likes”, alertou a capitã.

Lembre-se, fogueiras podem causar incêndios florestais, por isso são proibidas.

Em caso de acidentes ou imprevistos, mantenha a calma e contate o Corpo de Bombeiros pelo 193. Evite andar sem rumo se perdido, e use o apito de emergência para indicar sua posição.

Para a preservação ambiental durante atividades em áreas de conservação, siga as 10 dicas do Instituto Água e Terra (IAT):

  • Não jogue lixo nas trilhas; leve os resíduos até um ponto adequado.
  • O uso de drones é proibido nas Unidades de Conservação.
  • Não acenda fogueiras para evitar incêndios.
  • Não alimente animais silvestres.
  • Acampe apenas em locais indicados.
  • Use apenas trilhas demarcadas.
  • Não leve seu pet para os parques.
  • Leve um Shit Tube para resíduos.
  • Evite barulhos altos que estressem animais.
  • Consulte as regulamentações de cada local antes de visitar.

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