A audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná discutiu os danos causados pelo excesso de uso de telas por crianças e adolescentes, destacando-se como uma questão de saúde pública emergente. A reunião, conduzida pela deputada estadual Márcia Huçulak, contou com a participação de especialistas de várias áreas, incluindo saúde, educação e direito. Eles abordaram os impactos negativos dessa exposição prolongada, como aumento nos casos de miopia, depressão e até tentativas de suicídio entre os jovens.
Durante a audiência, foi revelado que a atual geração de jovens está exibindo um quociente de inteligência (QI) inferior ao de seus pais, em parte devido ao uso desmedido de tecnologia. Esse uso excessivo, frequentemente desregulado, está ligado a vários problemas de saúde física e mental, bem como a dificuldades nas interações sociais.
Os presentes na audiência alertaram para os riscos significativos, incluindo o cyberbullying e a obesidade, que estão associados ao tempo excessivo gasto em dispositivos digitais. Foi ressaltado que o problema vai além da saúde individual, afetando o desenvolvimento social e cognitivo das crianças e adolescentes.
A audiência também destacou a importância da colaboração entre governo e sociedade para combater esses efeitos prejudiciais e proteger as gerações futuras. Foi enfatizado que as famílias e escolas devem estar envolvidas ativamente na educação e na regulação do uso de telas para prevenir tais danos.
Os especialistas recomendaram que o tempo de exposição às telas seja limitado de acordo com a idade e que sejam promovidas atividades alternativas que não envolvam dispositivos eletrônicos. Além disso, foi discutida a necessidade de políticas públicas mais eficazes e adaptadas às realidades tecnológicas atuais para prevenir e tratar os problemas decorrentes do uso excessivo de telas.
Créditos: Valdir Amaral/Alep