Na última sexta-feira (08), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu, em Brasília, do Ministério da Saúde (MS), a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e o Selo Bronze de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis. A Transmissão Vertical (TV) é a passagem da doença da mãe para o filho no útero ou durante o parto. O reconhecimento ocorreu após o Paraná alcançar todas as metas estipuladas para a certificação.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destacou a importância do reconhecimento para a saúde da população paranaense, principalmente mulheres e crianças. Ele ressaltou o compromisso contínuo do estado em diminuir a possibilidade dessa transmissão, enfatizando que o Paraná é um dos primeiros estados a passar por essa certificação.
A secretária-adjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério, Angelica Espinosa Barbosa Miranda, elogiou o Paraná por ser protagonista na eliminação vertical do HIV e sífilis. Destacou o sucesso das ações realizadas junto aos municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes, resultando em vários deles já certificados.
Desde 2019, o Paraná implementa diversas estratégias para reduzir o risco de exposição, como monitoramento, busca ativa de casos, qualificação do banco de dados, compartilhamento de informações, capacitações e distribuição de insumos para prevenção. Também disponibiliza testes rápidos para detecção precoce em todos os 399 municípios do estado.
O Paraná foi pioneiro em 2017 ao receber a certificação de eliminação da Transmissão Vertical do HIV em Curitiba. Em 2022, através de Guarapuava, foi o primeiro estado a obter a dupla certificação da eliminação Vertical do HIV e sífilis. Vários municípios, incluindo Umuarama, Pinhais, Maringá e Ponta Grossa, também possuem a certificação da eliminação Vertical do HIV. Pinhais, Curitiba e Umuarama têm o selo prata de boas práticas para a eliminação da sífilis.
A Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical é uma estratégia do Ministério da Saúde para fortalecer a vigilância em saúde e melhorar as ações de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento para gestantes e crianças. Os critérios para a certificação incluem indicadores de impacto, como incidência de sífilis congênita e infecção pelo HIV em crianças, e indicadores de processo, como proporção de gestantes com consultas de pré-natal e realização de testes de HIV e sífilis durante o pré-natal.
Texto adaptado de: Jornal Noroeste