A produção de autoveículos em maio foi de 166,7 mil unidades, uma queda de 26,8% em relação a maio do ano passado. Na comparação com abril, a redução foi de 24,9%. No acumulado do ano, houve uma queda de 1,7% em relação ao mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A produção de automóveis, que totalizou 129,2 mil unidades em maio, caiu 26,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, no acumulado do ano, a queda foi de 4,3% em relação ao mesmo período de 2023, e de 22,8% quando comparado a abril deste ano.
Na categoria de comerciais leves, a produção de 23,6 mil unidades em maio representou quedas em todas as bases de comparação: 44,4% em relação a maio de 2023, 41,3% em relação a abril deste ano, e 0,7% no acumulado do ano.
Contrariando a tendência dos veículos leves, a produção de caminhões superou 50 mil unidades no ano, com um aumento de 30% em relação aos primeiros cinco meses de 2023. O aumento foi de 33,1% na comparação entre maio de 2024 e maio do ano passado. A produção de mais de 12 mil ônibus no período foi o melhor resultado acumulado para o segmento desde 2015.
As vendas totais, incluindo veículos novos nacionais e importados, foram de 194,3 mil unidades, 12% a menos que em abril, mas 10% a mais que em maio de 2023. No acumulado do ano, foram 929,7 mil unidades emplacadas, 15% a mais que nos primeiros cinco meses de 2023.
Segundo a Anfavea, este foi o melhor maio em média diária de vendas desde 2019, com 9.250 unidades emplacadas por dia. Isso ocorreu apesar da queda de 64% no Rio Grande do Sul, que representa 5% do mercado nacional, e do feriado prolongado nos últimos dias do mês.
A entidade destacou que o crescimento das importações é um ponto de atenção para o setor automotivo brasileiro. O volume de emplacamentos de autoveículos importados chegou a 159.355 mil unidades de janeiro a maio, 44 mil a mais que no mesmo período de 2023, uma alta de 37,8%. Modelos elétricos e híbridos de origem chinesa, que têm Imposto de Importação abaixo da média de outros veículos, representaram 82% desse crescimento.
As exportações, no entanto, continuam abaixo das expectativas. Em maio, foram exportadas 26,8 mil unidades, uma queda de 41,4% em relação a maio do ano passado e de 2,1% em relação a abril deste ano. No acumulado de janeiro a maio, as 136,3 mil unidades exportadas representaram um recuo de 29,7% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 193,8 mil unidades.
Em maio, o número de empregos diretos nas fábricas de autoveículos chegou a 103.299, um crescimento de 1,3 mil empregos em relação a abril e de 3,1 mil em relação a maio de 2023. “Esse é o melhor nível desde novembro de 2022, indicando os primeiros reflexos positivos dos investimentos anunciados pelos fabricantes desde o ano passado”, avaliou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite. Segundo ele, a capacidade de geração de empregos indiretos na cadeia automotiva é da ordem de dez para cada vaga direta.
