Primeira operação remota contra desmatamento aplica R$ 5,9 milhões em multas

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Nesta terça-feira (07), o Instituto Água e Terra (IAT) divulgou o balanço da primeira grande operação de combate ao desmatamento ilegal, realizada exclusivamente de forma remota, sem a presença de fiscais em campo. A força-tarefa, que durou oito dias, entre 21 e 28 de abril, resultou na lavratura de 218 Autos de Infração Ambiental (AIA) em 46 municípios do Paraná. A supressão vegetal identificada totalizou 701 hectares, com multas administrativas no valor de R$ 5,9 milhões.

A identificação dos responsáveis pelos desmatamentos foi feita através da análise de imagens de satélite, confrontadas com as informações fornecidas pelos proprietários no Cadastro Ambiental Rural (CAR), um registro público eletrônico das informações ambientais dos imóveis rurais.

Dentre as irregularidades encontradas pelos técnicos do IAT estão o corte de floresta nativa do bioma Mata Atlântica em diferentes estágios, em Reserva Legal e em Áreas de Proteção Permanente (APP). Além disso, foram identificadas atividades sem licenciamento ambiental e uso do fogo para destruição da floresta, o que aumenta o valor das multas aplicadas.

“A lavratura remota é possível quando há um alerta de desmatamento que recai sobre uma única propriedade rural, ou seja, sem sobreposição de CAR. Com isso, conseguimos localizar o proprietário utilizando as informações fornecidas por ele mesmo no CAR”, explicou Álvaro Cesar de Goes, gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT.

Essa abordagem elimina a necessidade de uma inspeção presencial, tornando o processo mais ágil no combate àqueles que desmatam sem autorização ambiental.

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