PCPR e Gaeco realizam operação contra organização envolvida no tráfico de drogas em diversos estados

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Nesta quarta-feira (19), a Polícia Civil do Paraná (PCPR) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio de outras forças policiais, cumpriram 92 mandados judiciais contra uma organização criminosa que distribui drogas do Paraná para outros estados.

Foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos. Além disso, a Justiça determinou 37 bloqueios de valores em contas bancárias e 17 medidas cautelares sobre automóveis. Os indivíduos são suspeitos de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.

A operação ocorreu simultaneamente em dez municípios de cinco estados: Toledo, Cascavel, Pato Bragado, Marechal Cândido Rondon, Capitão Leônidas Marques e Capanema, no Paraná; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Ribeirão das Neves, em Minas Gerais; São Paulo e Rio de Janeiro. Mais de 180 policiais participaram da ação.

Além da PCPR e do Gaeco, a operação contou com o apoio das polícias civis do Rio de Janeiro e Minas Gerais, da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e do Gaeco de Santa Catarina. A Polícia Federal em Assunção, no Paraguai, e o Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF) de Foz do Iguaçu também participaram.

Na primeira fase da operação, em agosto de 2023, foram presas 15 pessoas, apreendidas 11 armas de fogo e sequestrados aproximadamente R$ 25 milhões em bens móveis, imóveis e dinheiro.

A investigação começou em março de 2023, com a apreensão de cerca de duas toneladas de maconha em um fundo falso de caminhão frigorífico. A PCPR localizou outro caminhão com fundo falso, grande quantidade de munição de fuzil e um bunker onde a droga era armazenada.

A PCPR descobriu que a distribuição do entorpecente era feita por caminhões frigoríficos para evitar fiscalização. Os lucros eram mascarados através da compra de bens móveis, imóveis e ouro.

Um policial civil de São Paulo, inicialmente suspenso, agora teve a prisão preventiva decretada. Em Marechal Cândido Rondon, dois investigados foram alvo de disparos em maio de 2024, resultando na morte de um e ferimentos graves no outro, que é o policial civil. Os autores do crime foram presos, motivados por desacerto entre membros da organização.

Um jornalista do Rio de Janeiro é suspeito de ser responsável pela contabilidade e gerência das contas bancárias. Os chefes da organização ostentavam um alto padrão de vida, movimentando mais de R$ 100 milhões em quatro anos através de transações bancárias feitas em contas de “laranjas” e empresas de fachada.

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