O Brasil importou 586 mil toneladas de arroz no primeiro semestre de 2024, um aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2023. O Paraguai foi o principal fornecedor, com 359 mil toneladas, e o Paraná se destacou como a principal porta de entrada do produto.
Os dados são do Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 12 a 18 de julho, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral). O relatório indica um aumento de 47% no valor das importações, totalizando US$ 356 milhões, devido à alta dos preços internacionais.
Do arroz importado do Paraguai, 28% entrou por Foz do Iguaçu e 23% por Guaíra, no Oeste do Paraná. No entanto, menos de 10% desse volume é destinado aos municípios paranaenses. Segundo o analista Carlos Hugo Godinho, “mesmo que esse ritmo se mantenha, as importações somadas à produção local não são suficientes para atender ao consumo no Paraná, que é suprido por outros estados.”
O arroz importado do Mercosul tem como destino principal os estados de São Paulo e Minas Gerais, para consumo e redistribuição a outros estados. O Rio Grande do Sul, terceiro maior importador, recebe arroz principalmente do Uruguai e da Tailândia, além de exportar o cereal. No entanto, as exportações do Rio Grande do Sul caíram 40% no primeiro semestre de 2024, totalizando 414 mil toneladas, em comparação com 693 mil toneladas no mesmo período de 2023.
Dados da plataforma Agrostat, do Ministério da Agricultura e Pecuária, mostram uma redução de 43,3% na importação de lácteos no Paraná no primeiro semestre de 2024, em comparação com 2023. Nacionalmente, a redução foi de 4,8%. Desde abril, lácteos adquiridos do Mercosul estão sujeitos a uma cobrança de 7% de ICMS. O preço médio pago ao produtor paranaense é de R$ 2,74 por litro de leite, valor semelhante ao do ano passado.
O Valor Bruto da Produção (VBP) de peixes no Paraná em 2023 foi de 193,3 mil toneladas, com 91,9% desse volume sendo tilápias. A produção de tilápias aumentou 6% em relação a 2022. Em termos financeiros, o setor alcançou R$ 2,06 bilhões, alta de 27% em relação ao ano anterior. O Núcleo Regional de Toledo, no Oeste, é o principal produtor, com VBP de R$ 1,08 bilhão.
Em junho, Curitiba registrou o maior aumento no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da carne de porco no País, com alta de 4,7%, em contraste com a média nacional de 0,5%. A pesquisa mensal do Deral também indicou um aumento de 3% no preço médio de varejo dos cortes de carne suína.
O custo de produção do frango no Paraná cresceu 3,6%, atingindo R$ 4,58 por quilo em junho, comparado a R$ 4,42 por quilo em maio. A Embrapa Suínos e Aves informou que o custo de produção do frango vivo em aviários climatizados também aumentou.