Com o aumento do uso do Pix para pagamentos e transferências, também crescem os relatos de golpes, como o “golpe do Pix errado”. A Agência Brasil detalha como funciona essa fraude e como se proteger.
Na última sexta-feira (5), o Pix registrou 224 milhões de transações, segundo o Banco Central (BC), nesse cenário, golpistas aproveitam para aplicar o “golpe do Pix errado”. Primeiramente, eles fazem uma transferência para a conta da vítima. Com chaves Pix que incluem números de telefone, é fácil para o golpista conseguir um número e realizar a transferência.
Após a transferência, o golpista contata a vítima por telefone ou mensagem, alegando ter feito a transferência por engano e pedindo que o valor seja devolvido para uma conta diferente da original.
A vítima verifica seu extrato bancário e vê o depósito. Confiante de que o dinheiro está na conta, ela faz a transferência para a conta indicada pelo golpista. Nesse momento, a vítima caiu no golpe.
Enquanto convence a vítima, o golpista aciona o Mecanismo Especial de Devolução (Med), criado para coibir fraudes. Alegando que foi enganado, ele solicita a devolução do valor. Os bancos, ao analisarem a triangulação de transferências, identificam a transação como típica de golpe e retiram o dinheiro do saldo da vítima, que já havia devolvido o valor voluntariamente ao golpista.
O Banco Central orienta que, em caso de receber um Pix por engano, o usuário deve acessar a transação no aplicativo do banco e usar a opção “devolver”. Esse procedimento estorna o valor para a conta original do Pix, evitando fraudes.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sugeriu ao BC melhorias no Med. O Med 2.0 permitirá rastrear e bloquear dinheiro de fraude em mais camadas de contas, não apenas na conta que recebeu o recurso inicialmente. A implementação está prevista para 2026.
Para se proteger, é essencial seguir as orientações do Banco Central e usar a opção “devolver” no aplicativo do banco ao receber um Pix por engano.