A B3, bolsa de valores sediada em São Paulo, conduzirá leilões para comercialização das parcelas de petróleo e gás natural da União nos contratos de partilha de produção e na Jazida Unitizada de Tupi, em colaboração com a Pré-Sal Petróleo (PPSA), empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Os leilões, programados para os próximos três anos, têm o objetivo de oferecer previsibilidade ao mercado e estão sendo organizados em conjunto pela PPSA e pelo MME.
O calendário estabelecido pela PPSA e MME prevê os dois primeiros leilões para julho deste ano e abril de 2025, com outros leilões de petróleo planejados para o quarto trimestre de 2025. Um leilão dedicado ao gás natural está em consideração, mas ainda sem data definida.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, os recursos provenientes desses leilões são cruciais para investimentos em áreas como saúde, educação e transição energética, através do Fundo Social.
A diretora técnica e presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, comunicou que o primeiro leilão, marcado para julho, oferecerá cargas de Mero e Búzios de 2025, com edital a ser lançado ainda este mês. A previsão é de que a produção diária da União alcance mais de 500 mil barris por dia em 2029.
A curva de produção de petróleo e gás natural da União apresenta perspectivas ascendentes, com estimativas de aumento significativo nos próximos anos. A produção de petróleo está prevista para atingir 564 mil barris por dia em 2029, enquanto a produção de gás natural deve alcançar 3,5 milhões de metros cúbicos nesse mesmo ano.
Desde novembro de 2021, a PPSA já realizou três leilões de petróleo na B3, comercializando produções de longo prazo de Mero, Búzios, Sapinhoá e Tupi. Essas iniciativas visam garantir a eficaz gestão dos recursos energéticos do país e fomentar o desenvolvimento econômico sustentável.