O primeiro semestre de 2024 apresentou um aumento de 6,5% nas mortes nas rodovias federais do Paraná, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram registradas 278 mortes, contra 261 no mesmo período de 2023. O número de colisões frontais subiu para 93, em comparação com 74 no ano passado, um aumento de 19 ocorrências.
As colisões frontais, que representam cerca de 7% dos acidentes, são responsáveis por um terço das mortes nas rodovias do estado. A maioria ocorreu em trechos sem duplicação, onde os veículos trafegam em pistas divididas.
Outro dado preocupante é o aumento de atropelamentos, com 48 pedestres mortos, nove a mais do que no primeiro semestre de 2023. Pedestres são mais vulneráveis nas rodovias devido à maior velocidade em comparação ao trânsito urbano.
A PRF intensificou a fiscalização de ultrapassagens proibidas e excesso de velocidade. Houve um aumento de 5,3% nos flagrantes de ultrapassagens proibidas e de 3,5% nos casos de velocidade acima da permitida. O superintendente da PRF no Paraná, Fernando César Oliveira, destaca que a maioria dos acidentes fatais é evitável e está ligada a comportamentos imprudentes, como excesso de velocidade e ultrapassagens arriscadas.
No primeiro semestre de 2024, a PRF no Paraná autuou 10.496 veículos por irregularidades nos equipamentos obrigatórios, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Para ilustrar o impacto de um acidente a 100 km/h: o corpo humano, a essa velocidade, comporta-se como se tivesse 28 vezes mais peso. Em uma desaceleração brusca, os órgãos internos sofrem danos graves devido à inércia. As colisões frontais, devido à energia combinada dos veículos, resultam em danos severos.