O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, e o diretor de Coordenação da empresa, Carlos Carboni, estiveram presentes no encontro internacional sobre mudanças climáticas, intitulado “ClimateScanner: Desafios Globais Emergentes e a Contribuição das Instituições Superiores de Controle”, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O evento aconteceu no auditório do Hotel das Cataratas, localizado no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, e reuniu representantes de 18 países.
Na segunda-feira (17), Enio Verri participou da mesa de abertura, enfatizando a importância do debate sobre ações e políticas em defesa do meio ambiente. O evento proporcionou uma troca de experiências em diversas áreas relacionadas diretamente ou indiretamente às mudanças climáticas no mundo, como governança, financiamento e fortalecimento de ações, projetos e tecnologias para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Verri destacou que muitas das políticas ambientais desenvolvidas pela Itaipu são realizadas de forma binacional, entre Brasil e Paraguai, o que reflete nas ações apresentadas no evento.
O presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, também ressaltou o pioneirismo brasileiro na busca por inovação e aprimoramento da matriz energética. Neste contexto, ele destacou a liderança do TCU em uma iniciativa global de auditoria em ações dos países voltadas ao combate à crise climática, abordando a relevância da transição energética. O Brasil tem se destacado mundialmente por sua matriz energética limpa, e a Itaipu é motivo de orgulho nesse cenário.
Carlos Carboni, diretor de Coordenação da Itaipu, apresentou o case de gestão ambiental da empresa, enfocando várias ações desenvolvidas desde a ampliação da missão da empresa em 2003, que fortaleceu o compromisso com o meio ambiente, até o aumento da área de abrangência da Binacional. A empresa visa alcançar 434 municípios no Paraná e Mato Grosso do Sul nos próximos quatro anos. Carboni enfatizou que a preocupação com o meio ambiente é a essência da existência da Itaipu, e as ações desenvolvidas têm contribuído para a manutenção e ampliação da vida do reservatório.
As práticas ambientais da Itaipu têm sido reconhecidas por mais de 30 países, que mostraram interesse em aplicá-las em seus territórios. Mesmo sem passar pelo crivo do TCU, a empresa adota boas práticas que são reconhecidas mundialmente pelo órgão.
No evento, o grupo executivo também debateu o ClimateScanner, uma ferramenta desenvolvida pelo TCU para monitorar o combate às mudanças climáticas em todo o mundo. Representantes das Instituições Superiores de Controle (ISC), dos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e dos Povos Indígenas do Brasil (MPI) também participaram das discussões.
Adalberto Maluf, secretário Nacional do Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA, destacou a presença dos temas ambientais em todos os ministérios. Ele enfatizou a importância do ClimateScanner como ferramenta para monitorar e auxiliar o governo na definição de suas ações.
Suliete Baré, coordenadora-geral de Enfrentamento à Crise Climática do MPI, acredita que a proteção ambiental deve envolver o cuidado com os povos originários. Ela questionou como falar de conservação e preservação sem considerar a demarcação das terras dos povos indígenas, ressaltando que a proteção do meio ambiente é compreendida pelos indígenas por meio da demarcação.
Na manhã de quarta-feira (19), os participantes do evento realizaram uma visita técnica à usina hidrelétrica Itaipu, concluindo o encontro de forma enriquecedora.