Os morangos cultivados em Japira, Pinhalão, Tomazina e Jaboti, conhecida como a capital do morango do Paraná, receberam o selo de Indicação Geográfica (IG), atraindo compradores de todo o Brasil. A produção é destinada para consumo fresco e subprodutos como geleias e polpas.
A Associação Norte Velho (ANV) possui capacidade de produção de aproximadamente 450 toneladas de morangos por ano, a demanda supera a oferta, com pedidos de cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Grande parte da produção permanece no norte pioneiro, com planos de expansão para Londrina e Maringá.
Supermercados, padarias, confeitarias e sorveterias são os principais clientes dos morangos com IG. Ana Carla Bartolini Molini Ferrari, diretora do Grupo Mollini’s, afirma que a qualidade dos morangos é excelente e a empresa valoriza o contato direto com os produtores, ajudando a promover produtos regionais.
Fabiano de Souza Lima, vice-presidente da ANV, explica que a região cultiva morangos tanto diretamente na terra quanto em estufas, permitindo colheita durante o ano todo e maior durabilidade dos frutos. A produção atinge seu pico entre julho e setembro, com variedades que atendem diferentes segmentos do mercado.
A participação em feiras nacionais, como a Naturaltech, aumentou a visibilidade dos morangos do norte pioneiro. Recentemente, a ANV firmou uma parceria com a rede de supermercados Condor para vender os morangos em Londrina e Maringá. Em 2023, o preço por quilo de morango foi de R$ 21,90, uma valorização de mais de 50% em relação ao preço para atravessadores.
Investimentos na sede da ANV incluem a construção de uma nova instalação para a produção de subprodutos do morango, com apoio de recursos municipais e estaduais. A expectativa é de que a nova sede esteja pronta até dezembro.
O consultor do Sebrae/PR, Odemir Capello, destaca que o morango é o terceiro produto do norte pioneiro a obter a Indicação Geográfica, após os cafés especiais e a goiaba. O associativismo, a inovação e o acesso a novos mercados são fundamentais para o desenvolvimento da região.
A produtora Lucélia Aparecida da Costa, de Jaboti, confirma que a certificação IG aumentou a visibilidade da cidade e atraiu novos compradores. Ela ressalta que os treinamentos e cursos oferecidos pelo Sebrae foram essenciais para alcançar melhores preços e expandir o mercado.
O selo de Indicação Geográfica trouxe benefícios significativos para os produtores de morango do norte pioneiro do Paraná, promovendo o desenvolvimento econômico e social da região.
