A Fomento Paraná, instituição financeira do Governo do Estado, fechou 2024 com um crescimento de 28,5% em relação ao ano anterior em crédito disponibilizado no mercado paranaense, totalizando mais de R$ 717 milhões. Esses recursos têm como objetivo apoiar municípios e empreendimentos privados.
Do total liberado, R$ 440,4 milhões foram destinados a financiamentos para obras e compra de maquinário nos municípios, enquanto R$ 277,3 milhões foram aplicados na manutenção ou expansão de empreendimentos informais, microempreendedores e empresas de micro e pequeno porte. Até meados de dezembro, mais de 9.600 empreendimentos em 315 municípios foram atendidos, com aproximadamente 8.360 operações de microcrédito voltadas para pequenos negócios em valores de até R$ 20 mil.
O microcrédito é viabilizado em parceria com as prefeituras por meio de agentes de crédito que atuam em Agências do Trabalhador, Salas do Empreendedor e outras estruturas municipais, em conjunto com o Sebrae.
Entre os destaques do ano esteve o programa Paraná Recupera, que beneficiou empreendedores e municípios afetados por emergências como alagamentos, vendavais, estiagem e até situações como a dengue. O programa ofereceu capital de giro com taxa de juros fixa subsidiada pelo Governo do Estado, somando R$ 140 milhões liberados para 2.880 empreendimentos em 67 cidades ao longo de onze meses.
Outro destaque foi o Banco da Mulher Paranaense, que impulsionou o empreendedorismo feminino. Até novembro, mais de 3.300 empreendimentos liderados por mulheres foram atendidos, totalizando R$ 34,5 milhões em contratos.
Com isso, a Fomento Paraná encerrou 2024 com uma carteira ativa de 48,6 mil empreendedores ou empreendimentos no setor privado, representando quase R$ 600 milhões em crédito. Ao somar os setores público e privado, a carteira total alcançou R$ 1,6 bilhão.
De acordo com Vinícius Rocha, diretor-presidente da Fomento Paraná, o desempenho reflete a relevância da instituição enquanto política pública, destacando a atuação durante a pandemia: “Desde a pandemia, quando muitas instituições financeiras restringiram o crédito enquanto a Fomento ampliava a concessão para os pequenos negócios, nos tornamos mais conhecidos, aprimoramos processos, ampliamos a rede de parceiros, criamos novas linhas. Tudo isso se soma aos resultados que apresentamos agora.”
Rocha destacou ainda os resultados socioeconômicos: “Um estudo do Ipardes sobre os impactos socioeconômicos do crédito que fornecemos no ano passado [2023] identificou a geração de mais de 10 mil empregos, entre diretos e indiretos, mais de R$ 30 milhões em ICMS e um impacto de R$ 638 milhões no PIB estadual. Esses números serão ainda maiores em 2024 e nos deixam muito confiantes e gratos com o trabalho das nossas equipes e com a contribuição dos nossos parceiros.”
No setor público, a carteira ativa da Fomento Paraná fechou o ano com R$ 1,1 bilhão em contratos que beneficiaram 290 municípios. A parceria entre Fomento Paraná, Secretaria das Cidades e Paranacidade no Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM) renovou um recorde anual, com R$ 440 milhões liberados em créditos até dezembro para 195 municípios. Esses recursos financiaram pavimentação de vias urbanas, construção de escolas, unidades de saúde, iluminação pública, entre outras melhorias. Até setembro, R$ 440 milhões em novos contratos foram firmados no SFM, envolvendo 93 operações que atenderam 74 municípios.
“Entre instituições do mesmo gênero, como Caixa, Banco do Brasil e BRDE, a Fomento Paraná fecha 2024 com o maior valor, maior número de processos e maior número de municípios atendidos com financiamentos aprovados”, afirmou Mounir Chaowiche, diretor de Operações do Setor Público.
Outras iniciativas marcaram o ano da instituição. A reabertura da linha de crédito Fomento Taxistas mobilizou até R$ 50 milhões para a renovação de frotas de táxi, com financiamento de até 80% do valor dos veículos, limitado a R$ 80 mil e com juros subsidiados pelo Estado. A Fomento Paraná também viabilizou o Fiagro FIDC Paraná 1, Fundo de Investimento voltado às cadeias produtivas do agronegócio, que recebeu R$ 150 milhões em aporte inicial e começará operações em 2025. Adicionalmente, a instituição capacitou novas turmas de agentes de crédito em sua Rede de Parceiros, que já abrange 338 municípios com 720 agentes capacitados.
No quesito recuperação de crédito, mais de R$ 30 milhões em contratos com parcelas em atraso foram repactuados, reduzindo a inadimplência a índices históricos: 5,4% no microcrédito e 3,61% no setor privado como um todo. João Carlos Mineo, gerente de Recuperação de Créditos, destacou a importância dessas ações: “A renegociação de crédito é fundamental para os negócios da Fomento, pois reduz perdas e ajuda a manter taxas de juros em patamares mais baixos, ao mesmo tempo que permite que milhares de empreendedores possam manter as contas em dia, com crédito aberto no mercado.”