A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda atualizou suas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação em 2024. Segundo o Boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira (16), o PIB deve crescer 2,5%, um aumento em relação à previsão anterior de 2,2%. Já a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi elevada de 3,5% para 3,7%.
As revisões para o crescimento econômico foram impulsionadas pelo avanço robusto nas vendas do varejo e nos serviços às famílias, além do aumento na criação de empregos e na concessão de crédito. A SPE destaca também os sinais de recuperação nos investimentos, especialmente na construção civil e nas importações de bens de capital.
No entanto, a estimativa para o crescimento da agropecuária foi revisada para baixo, passando de uma queda de 1,3% para uma queda de 1,4%, devido à redução nas previsões para a safra de soja e milho. A projeção para a indústria também teve uma leve redução, de 2,5% para 2,4%, refletindo dados mais fracos observados no primeiro trimestre.
Quanto ao Rio Grande do Sul, embora não tenha sido considerado o impacto das enchentes na atividade econômica, o estado deverá registrar perdas, principalmente no segundo trimestre. As atividades agropecuárias e de transformação serão as mais afetadas, devido à representatividade no PIB estadual.
Em relação à inflação, a SPE atribui a elevação da projeção do IPCA tanto à alta do dólar quanto aos impactos das chuvas no Rio Grande do Sul sobre os preços de alimentos. Apesar do aumento nos próximos meses, espera-se que parte desse aumento seja compensada com a normalização da oferta.
As projeções do Boletim Macrofiscal serão utilizadas no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, a ser divulgado em 22 de maio, fornecendo previsões para a execução do Orçamento com base no desempenho das receitas e nos gastos do governo, considerando o PIB e a inflação.
