O dólar registrou queda, aproximando-se de R$ 5 e alcançando o menor nível do mês, enquanto a bolsa de valores atingiu seu patamar mais alto em 40 dias, chegando perto dos 130 mil pontos. Essa alta foi impulsionada pelo aumento internacional do preço do minério de ferro.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,007, com uma redução de R$ 0,034 (-0,67%). Durante toda a sessão, a cotação permaneceu em baixa, sem atingir o patamar inferior a R$ 5 em nenhum momento do dia. Este é o menor valor desde 27 de março, quando fechou em R$ 4,98. No acumulado de abril, a moeda apresenta uma leve queda de 0,16%. No ano anterior, em 2023, o dólar teve uma alta de 3,17%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou em 129.890 pontos, com uma valorização de 0,8%. Este é o segundo dia consecutivo de alta, atingindo o nível mais elevado desde 28 de fevereiro.
Dois fatores contribuíram para um clima de alívio nos mercados globais após semanas de instabilidade. Primeiramente, houve uma redução na taxa dos títulos do Tesouro norte-americano, antes da divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos, o que incentivou a migração de recursos para economias emergentes.
No entanto, existe o risco de que, caso a inflação nos Estados Unidos supere as expectativas, as taxas dos títulos norte-americanos possam voltar a subir, pressionando para cima o dólar em todo o mundo, o que poderia repetir a turbulência observada nas últimas semanas. Nesta quarta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a inflação de março no Brasil.
O segundo fator que influenciou positivamente o mercado financeiro no Brasil foi a significativa alta no preço do minério de ferro no mercado internacional. Nos últimos dois dias, o preço da tonelada do minério subiu aproximadamente 8%, impulsionado pelo aumento da demanda na China, principal consumidora mundial de matérias-primas.
