Dólar recua para R$ 5,76, atingindo menor valor desde novembro, e Bolsa sobe impulsionada por mineradoras

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Em mais um dia de alívio para mercados emergentes, o dólar comercial voltou a cair nesta quinta-feira (6) e atingiu o menor patamar desde novembro. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 5,764, registrando queda de R$ 0,03 (-0,52%). Este é o menor valor desde 18 de novembro. Durante o dia, a cotação subiu pela manhã e atingiu R$ 5,83 por volta das 9h15, mas começou a recuar após a abertura dos mercados norte-americanos, caindo consistentemente a partir das 11h. A mínima do dia foi registrada às 15h45, quando o dólar chegou a R$ 5,74. No acumulado de 2025, a moeda já registra uma queda de 6,7% ao ano.

O recuo de hoje marca um movimento consistente no mercado cambial, após a moeda norte-americana ter registrado quedas consecutivas entre os dias 17 de janeiro e 4 de fevereiro, somando 12 sessões de baixa. Na quarta-feira (5), houve uma breve alta, quebrando a sequência. Esse desempenho do dólar reflete um cenário favorável para economias emergentes como o Brasil, com efeitos de decisões políticas e econômicas globais.

A expectativa da divulgação de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, prevista para esta sexta-feira (7), também influenciou o comportamento da moeda. Paralelamente, a decisão do governo de Donald Trump de suspender a sobretaxação de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses e de abrir negociações contribuiu para ampliar a desvalorização da divisa frente a outras economias.

No Brasil, a desaceleração dos setores de indústria e serviços, conforme divulgado em novos indicadores econômicos, trouxe reflexos positivos para o mercado acionário. Essa possível desaceleração econômica pode reduzir a necessidade de uma alta expressiva da Taxa Selic pelo Banco Central, estimulando o otimismo entre investidores. Para março, o BC já anunciou uma nova elevação de 1 ponto percentual nos juros básicos, que devem atingir 14,25% ao ano.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, principal indicador da B3, encerrou o dia com alta de 0,55%, aos 126.225 pontos. Este é o segundo dia consecutivo de valorização do indicador, impulsionado principalmente por ações de mineradoras e empresas ligadas ao consumo, como companhias aéreas e varejistas. Esse desempenho reflete uma maior confiança dos investidores, mesmo em meio às tensões globais e à cautela quanto a decisões econômicas dos Estados Unidos.

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