A Segurança Pública na gestão de Eduardo Pimentel planeja modernizar a Muralha Digital, sistema de monitoramento por câmeras em Curitiba, nos próximos quatro anos. Atualmente, o programa conta com 2 mil câmeras instaladas em pontos estratégicos, enviando informações a uma central operacional para prevenir crimes e auxiliar investigações. Mais de 2.397 imagens já foram compartilhadas com autoridades judiciais e policiais apenas em 2024.
O secretário de Defesa Social e Trânsito, Rafael Vianna, apresentou o projeto Muralha 2.2, que prevê a integração de drones, policiais robôs e inteligência artificial ao sistema. Segundo ele, a ideia é cruzar dados captados pelas câmeras com bancos de informações, como mandados de prisão e reconhecimentos faciais: “O avanço permitirá, por exemplo, diferenciar um grupo de corredores de uma possível briga de torcidas.”
Sobre os custos e a viabilidade da integração tecnológica, Vianna destacou que estão sendo realizados estudos para garantir o uso eficiente dos recursos públicos. Ele também mencionou a possibilidade de incorporar câmeras privadas de instituições e moradores ao sistema, ressaltando que essa medida exige planejamento para assegurar sua efetividade. “Nosso objetivo é criar uma barreira protetora na cidade, utilizando ferramentas analíticas que identifiquem veículos, pessoas e situações suspeitas”, explicou.
A ampliação da Muralha Digital para zonas de maior criminalidade também está entre as metas do projeto. O planejamento das novas etapas envolve a análise detalhada da natureza dos delitos e do impacto do sistema no combate às infrações. Além das áreas centrais, a expansão visa atender demandas previstas na Carta Curitiba Para o Futuro, documento desenvolvido com a colaboração dos Conselhos Comunitários de Segurança.
